ATA DA NONA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO
LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 07-3-2005.
Aos sete dias do mês de março de dois mil e cinco,
reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, sendo
respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Elói Guimarães, Ervino
Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, José Ismael Heinen,
Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela
Maffei, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone e Raul Carrion.
Ainda, durante
a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha,
Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias
Vidal, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Maristela Meneghetti,
Maurício Dziedricki, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir
Caetano. Constatada
a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. À
MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Adeli Sell, o Pedido de Providências nos
270/05 (Processo nº 1379/05); pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, o Projeto
de Lei do Legislativo nº 055/05 (Processo nº 1268/05); pela Vereadora Manuela
d’Avila, o Pedido de Providências nº 265/05 (Processo nº 1343/05); pela Vereadora
Maria Celeste, os Pedidos de Providências nos 266, 267, 268, 269,
272 e 273/05 (Processos nos 1359, 1360, 1361, 1362, 1385 e 1386/05,
respectivamente). Ainda, foram apregoados os seguintes Requerimentos, deferidos
pelo Senhor Presidente, solicitando desarquivamento de Processos: de autoria do
Vereador Carlos Comasseto, com referência ao Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 001/00 (Processo nº 0597/00) e ao Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 010/04 (Processo nº 5914/04); de autoria do Vereador Nereu
D’Avila, com referência ao Projeto de Lei do Legislativo nº 129/02 (Processo nº
2175/02) e ao Projeto de Lei do Executivo nº 055/04 (Processo nº 5511/04). Na
ocasião, foi apregoado o Memorando nº 039/05, firmado pelo Vereador Elói
Guimarães, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua
Excelência informa que a Vereadora Clênia Maranhão representará externamente
este Legislativo na Sessão Solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e
outorga do Troféu Mulher Cidadã 2005, a realizar-se às quatorze horas do dia nove
de março do corrente, no Plenário da Assembléia Legislativa do Estado do Rio
Grande do Sul. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 330031,
330166, 330317, 330320, 330326, 330333, 330360, 330497, 337196, 337395, 337460,
350971, 352387, 355180, 393774, 394420, 396088, 397100, 397975, 399159, 399413,
400042, 410142, 410157, 410362, 410511 e 410784/04, do Fundo Nacional de Saúde
do Ministério da Saúde. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou a presença do
Vereador Bob Machado, do PPS, da Câmara Municipal de Bagé – RS. Após, o Senhor
Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Cláudio Renato
Guimarães da Silva, Presidente da Força Sindical do Rio Grande do Sul, que
salientou a presença ativa e constante da mulher nos momentos essenciais da
história da humanidade, ressaltando como características femininas a
perseverança, a intuição e a solidariedade. Ainda, discorreu sobre o significado
do Dia Internacional da Mulher na sociedade atual, convidando a todos para ato
a ser realizado amanhã, na Esquina Democrática, com o objetivo de assinalar o
transcurso dessa data. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento, os
Vereadores Neuza Canabarro, Clênia Maranhão, Luiz Braz, Ibsen Pinheiro, Manuela
d’Ávila, Maristela Maffei, Mônica Leal e Maurício Dziedricki manifestaram-se acerca
do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Às quatorze horas e trinta e três
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quatorze horas e trinta e seis minutos, constatada a existência de quórum. Na
oportunidade, o Vereador Adeli Sell formulou Requerimento verbal solicitando informações
acerca das datas de repasse dos recursos federais mencionados nos Ofícios que
integram o Expediente da presente Sessão, tendo o Senhor Presidente informado
que essa documentação se encontra disponível para consulta junto à Diretoria
Legislativa. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Maurício Dziedricki teceu
considerações quanto à atuação do Partido Trabalhista Brasileiro na lutas em
prol do voto feminino e da inclusão da mulher no mercado de trabalho. Nesse
sentido, comentou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –
IBGE, que atestam a discriminação profissional enfrentada pelas trabalhadoras
brasileiras, salientando a importância da mobilização de todos em prol de uma
sociedade mais justa e igualitária. A Vereadora Maria Celeste reportou-se ao
transcurso do Dia Internacional da Mulher, citando Comissão criada neste
Legislativo para organização de uma semana de eventos destinados a assinalar
essa data e promover o debate de questões atinentes ao cotidiano do gênero
feminino. Também, salientou a significância do apoio a iniciativas que abram
espaços para a representação dos desejos e necessidades das mulheres,
comentando políticas desenvolvidas nessa área pelo Governo Federal. Em COMUNICAÇÕES,
o Vereador Luiz Braz referiu-se ao Decreto Municipal nº 14.767/04, que permite
o uso, pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, de
próprio municipal localizado na Avenida Loureiro da Silva. Ainda, afirmou que a
área em questão encontra-se sob litígio judicial e que será usada para instalação
de estacionamento, quando, conforme normatização vigente, deveria ser destinada
a projetos de habitação, educação ou assistência social. A Vereadora Neuza
Canabarro aludiu à reunião realizada pela Comissão de Educação, Cultura e
Esportes, no dia quatro de março do corrente, que discutiu o sistema de ciclos
na rede municipal de ensino, defendendo uma ampla discussão do assunto, para
que sejam encontradas fórmulas pedagógicas viáveis que garantam um real aprendizado
à comunidade estudantil. Finalizando, leu trechos do livro “Solução para as
não-aprendizagens: Séries ou Ciclos?”, editado pela Câmara dos Deputados. O Vereador
Sebastião Melo contestou pronunciamentos realizados nesta Casa no dia três de
março do corrente, pelos Vereadores Carlos Comassetto e Carlos Todeschini,
acerca da atuação do Partido dos Trabalhadores, quando à frente do Governo Municipal,
relativamente aos serviços públicos de saneamento e de saúde. Sobre o assunto,
abordou problemas hoje observados nessas áreas, ressaltando que deverão ser
implantadas soluções que garantam atendimento qualificado à população. O Vereador
Carlos Todeschini afirmou que os critérios adotados pelo Departamento Municipal
de Água e Esgotos – DMAE, com relação aos reajustes das tarifas, são os mesmos
utilizados no passado, negando que o aumento mensal baseado no Índice de Preços
ao Consumidor seja ilegal. Também, criticou as políticas de saúde do Governo
Estadual, mencionando acusações de desvio ilegal de medicamentos e questionando
o número de postos médicos em funcionamento no Estado. O Vereador João Antonio
Dib refutou o discurso do Vereador Carlos Todeschini, em Comunicações,
considerando demagógica a postura em relação aos recursos do Departamento Municipal
de Água e Esgotos. Ainda, referiu-se ao pronunciamento do Vereador Dr. Goulart,
em Comunicação de Líder, na Sétima Sessão Ordinária, concordando com as
críticas feitas por Sua Excelência ao modo como a saúde pública foi gerida
pelos Governos municipais anteriores ao atual. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos
105/02, 208, 322, 459 e 429/03, este discutido pelo Vereador Carlos Comassetto,
140, 188, 175 e 163/04, este discutido pelo Vereador Carlos Comassetto, 186/04,
discutido pelo Vereador Adeli Sell, 045 e 037/05, este discutido pelo Vereador
Carlos Comassetto, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 013/04, o
Projeto de Resolução nº 062/05, discutido pelo Vereador Carlos Todeschini; em
2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 016/02, 348 e
349/03, 201/04, 004, 017, 028, 044 e 025/05, este discutido pela Vereadora
Margarete Moraes, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 027/01, os
Projetos de Resolução nos 059, 063 e 064/05; em 3ª Sessão, os Projetos
de Lei do Legislativo nos 041/92, 142/98, 136 e 188/00, 026/02,
031/03, 031, 035, 135, 212, 213, 219, 220, 223, 224, 225, 226, 227, 228, 236,
239, 240, 242, 243, 244, 245, 247, 248, 249 e 250/04, 019 e 027/05, este
discutido pelo Vereador Raul Carrion, os Projetos de Lei Complementar do
Legislativo nos 013/02, 001 e 004/05, os Projetos de Resolução nos
084 e 099/04, 039, 041, 046, 048, 049, 053, 054, 056 e 040/05, os dois últimos
discutidos pelo Vereador Raul Carrion. Na ocasião, o Vereador José Ismael
Heinen convidou a todos para ato público em protesto contra a Medida Provisória
nº 232, a ser realizado amanhã, às nove horas, na Esquina Democrática. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Claudio Sebenelo contestou as ações do Partido
dos Trabalhadores à frente do Governo Municipal, desaprovando as condições
verificadas na área social durante esse período. Nesse sentido, consternou-se
com a situação da saúde pública e da educação no Município, apontando falhas
nos serviços prestados pelo Executivo Municipal nos últimos anos e assegurando
que a condição financeira da Prefeitura é pior do que foi anunciada. A Vereadora
Manuela d'Ávila lamentou a morte da Senhora Gladys Marín, ex-Presidenta do
Partido Comunista do Chile, falecida ontem, destacando seu currículo de lutas
em prol da igualdade de direitos entre homens e mulheres e da participação
popular no Chile. Em relação ao assunto, discorreu acerca da trajetória
política e social da Senhora Gladys Marín, exaltando sua dedicação aos temas
relativos à educação durante os anos em que esteve ligada à vida pública. A
Vereadora Maristela Maffei declarou que a situação da Prefeitura Municipal é
melhor do que alguns Vereadores consideram, citando como aspectos positivos dos
últimos Governos Municipais o aumento da participação popular e maior inclusão
das mulheres na política. Também, elogiou projetos desenvolvidos em prol da
melhoria da qualidade de vida da população feminina de Porto Alegre, citando
como exemplo a Casa Viva Maria. O Vereador Ervino Besson defendeu o sistema de
cooperativas como um caminho a ser seguido no Brasil, mencionando experiências
bem sucedidas realizadas no Paraná. Ainda, posicionou-se contrariamente ao
Projeto de Lei do Legislativo nº 052/05 e registrou as comemorações, hoje, do
Dia Mundial do Fuzileiro Naval e do Dia Mundial da Oração. Finalizando,
manifestou sua preocupação com a estiagem no Estado e os prejuízos causados à
agropecuária. O Vereador Bernardino Vendruscolo, referindo-se ao pronunciamento
do Vereador Ervino Besson, comentou que muitos dos integrantes de cooperativas
não conhecem seus direitos, sendo tratados, por quem administra esses negócios,
como empregados e não como cooperativados. Em relação ao assunto, defendeu a
criação, por este Legislativo, de Comissão para averiguar e debater casos de
empresários que criam cooperativas e não cumprem com as obrigações sociais e legais.
O Vereador Paulo Odone defendeu o atual Governo Municipal das críticas feitas
por Vereadores desta Casa, em relação à atual situação da saúde pública,
alegando que o Partido dos Trabalhadores não conseguiu, em dezesseis anos à
frente da Prefeitura, resolver os problemas dessa área. Também, ressaltou que
os Parlamentares deste Legislativo devem se ater mais aos problemas relativos a
Porto Alegre em vez de se aprofundarem em questões de âmbito externo à Cidade.
O Vereador Professor Garcia discutiu a manutenção do “Caminho dos Parques” e
das ciclovias municipais, afirmando que há um grande número de ciclistas na Cidade
que usufruem desses espaços. Ainda, felicitou o ex-Vereador João Bosco Vaz,
Secretário Municipal de Esportes, Recreação e Lazer, por fazer cumprir a Lei
que determina a marcação da distância em locais públicos destinados a caminhadas
e corridas. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM
DO DIA e aprovado Requerimento verbal de autoria da Vereadora Maristela Maffei,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 048/04, considerando-se
mantido o Veto Total a ele aposto, por treze votos SIM, dezesseis votos
NÃO e duas ABSTENÇÕES, após ser discutido pelos Vereadores Aldacir Oliboni,
Carlos Todeschini, Nereu D'Avila, Carlos Comassetto, Paulo Odone, Maria Celeste
e Ibsen Pinheiro, e encaminhado à votação pelos Vereadores Aldacir Oliboni,
Luiz Braz, Sebastião Melo, Maria Celeste, Professor Garcia e Raul Carrion,
tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto,
Carlos Todeschini, Haroldo de Souza, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria
Celeste, Maristela Maffei, Professor Garcia, Raul Carrion, Sebastião Melo e
Sofia Cavedon, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Clênia Maranhão, Ervino
Besson, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael
Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Maurício
Dziedricki, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro e Valdir Caetano e
tendo optado pela Abstenção os Vereadores Bernardino Vendruscolo e Elói
Guimarães. Durante a discussão do
Projeto de Lei do Legislativo nº 048/04, em face de Questão de Ordem formulada
pelo Vereador Adeli Sell, o Senhor Presidente prestou informações acerca do
quórum necessário para a votação do referido Projeto. Em Discussão Geral
e Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
004/04, considerando-se mantido o Veto Parcial a ele aposto, por vinte e três
votos NÃO e três ABSTENÇÕES, após ser discutido pelos Vereadores Adeli Sell,
Ibsen Pinheiro, Carlos Comassetto e Carlos Todeschini, tendo votado Não os Vereadores
Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Ervino Besson, Haroldo de Souza,
Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Manuela
d’Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela
Meneghetti, Neuza Canabarro, Raul Carrion, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, tendo
optado pela Abstenção os Vereadores Elói Guimarães, João Antonio Dib e Mônica
Leal. Foi aprovado o Requerimento nº
070/05 (Processo nº 1370/05 – Autorização para representar externamente esta
Casa na Reunião do Conselho das Cidades e dos Comitês Técnicos, a ser realizada do dia dezessete ao dia
dezenove de março do corrente, em Brasília – DF, com percepção de passagens
aéreas), de autoria do Vereador Raul Carrion, por vinte e três votos SIM
e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo Vereador Haroldo de
Souza, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Ervino
Besson, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga,
Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Neuza Canabarro, Professor Garcia, Raul
Carrion, Sebastião Melo e Sofia Cavedon e tendo optado pela Abstenção os
Vereadores Haroldo de Souza e João Antonio Dib. Foi aprovado o Requerimento s/nº (Processo nº 0846/05 – Autorização
para representar externamente esta Casa na cerimônia de assinatura dos atos de
instituição do Conselho Nacional de Juventude, a ser realizado do dia trinta e
um de janeiro ao dia primeiro de fevereiro do corrente, em Brasília – DF, com
percepção de diárias e passagens aéreas), de autoria do Vereador Mauro Zacher. Às
dezoito horas e vinte e seis minutos, constatada a inexistência de quórum, o
Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores
Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima quarta-feira, à hora regimental.
Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Elói Guimarães e Aldacir Oliboni
e secretariados pelos Vereadores Nereu D'Avila e Luiz Braz. Do que eu, Nereu
D'Avila, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após
distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Havendo quórum, passamos à
Registro a presença do Ver. Bob
Machado, Líder de Bancada do PPS na Câmara Municipal de Bagé. Sinta-se como se
na sua Casa Legislativa estivesse. Cumprimento, também, o Presidente e os
integrantes da Diretoria da Força Sindical, bem como as mulheres aqui presentes
que integram o Sindicato dos Comerciários do Rio Grande do Sul.
O Sr. Cláudio Renato Guimarães da Silva,
representando a Força Sindical do Rio Grande do Sul, está com a palavra, para
tratar de assunto relativo ao Dia Internacional da Mulher, pelo tempo
regimental de 10 minutos.
O SR. CLÁUDIO RENATO
GUIMARÃES DA SILVA: Boa-tarde, Sr. Presidente da Câmara Municipal, Ver.
Elói Guimarães; Ver. Nereu D’Avila; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores; comerciários, trabalhadores do calçado e vestuário, rodoviários
aqui presentes.
Com certeza, a Bancada feminina
da Câmara de Vereadores deve estar estranhando esta atitude da nossa Central no
dia que antecede o dia internacional de luta das mulheres mundiais, deve
estranhar estar aqui, na tribuna, um homem para fazer isso. O mundo inteiro,
amanhã, se curvará perante as mulheres.
Temos certeza de que contamos com
a presença aqui no plenário de mais de meia dúzia de companheiras capazes de
virem aqui falar sobre o significado do Dia Internacional, falar sobre o
significado da luta das mulheres de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul, do
Brasil, enfim, do mundo inteiro. Mas a nossa Central, a qual assumimos em março
do ano passado, veio com um novo objetivo, com o objetivo de mudar, com o
objetivo de quebrar paradigmas, quebrar os preconceitos da sociedade. Então,
nós vimos aqui, no dia de hoje, não para dizer que, em 1857, cento e vinte e
nove operárias da indústria tecelã de Nova Iorque foram presas. Nós vimos aqui
para prestar uma grande homenagem às mulheres, que significam muito para esta
Cidade, este Estado, este País e para o mundo. São mulheres que têm o seu papel
desempenhado no dia-a-dia; mulheres que têm a tripla jornada de trabalho;
mulheres que, em tudo que fazem na vida, colocam a emoção, colocam o seu dom de
mulher, o seu dom de ter perspectiva, o seu dom de ser uma coisa que nós homens
não sabemos explicar. Então, não adianta eu tentar dizer para as senhoras, para
as minhas colegas, para os meus Pares o que vocês são.
Nos últimos dez anos, cresceu 72%
a participação da mulher na chefia dos lares. O que nós podemos dizer aos Srs.
Vereadores e para a população de Porto Alegre é que, hoje em dia, as mulheres,
no Brasil inteiro, principalmente aqui em Porto Alegre, recebem 85,8% do que os
homens recebem, apesar de ter havido um crescimento de 4,3% na empregabilidade
das mulheres.
Agora, nós queríamos que os
homens tivessem a sensibilidade que as mulheres têm, pois, com certeza,
teríamos um mundo bem melhor; com certeza, nós teríamos a esperança redobrada
com a sensibilidade que Deus deu a elas. E as mulheres comprovam isso por toda
a sua história. Por toda a sua história, nós vimos as mulheres estarem à frente
dos fatos históricos. A prova disso é Maria; a prova disso é a deusa Íris, a
deusa Ísis, várias deusas que existiram e existem e que são admiradas por
vários povos pela dedicação que a mulher tem, pela perseverança que a mulher
tem. Nós nunca vamos ver uma mulher desistir da luta, como as minhas
companheiras que estão aqui hoje, que têm de abrir mão, muitas vezes, do seu
convívio familiar, muitas vezes abrir mão de seu convívio social para fazer o
que se propuseram, ou seja, defender a luta da classe operária, defender a
dignidade dos trabalhadores, defender que cada dia os trabalhadores tenham um
mundo melhor, que cada dia os trabalhadores possam realmente avançar nas suas
lutas, avançar nas suas conquistas.
São essas mulheres que nós
queremos homenagear, as mães, as professoras, porque é muito bonito o mundo ser
dirigido pelos homens, só que quem nos dá o alicerce, quem nos dá o horizonte
são as mulheres ou na figura da mãe ou, quando a gente vai para a sala de aula,
da professora. Nós, homens, não sabemos suportar o que as mulheres sabem
suportar, como, por exemplo, o homem não sabe o que é a dor de um parto e nunca
vai saber, porque um homem com dor de dente já se assusta, imagina com a dor do
parto. Uma mulher não sabe o que é desistir, uma mulher não sabe o que é se
curvar.
Nós temos certeza de que, no dia
de hoje - que vai ser amanhã -, estamos homenageando as mulheres de Porto
Alegre, estamos homenageando as trabalhadoras de Porto Alegre. Convidamos os
Vereadores aqui para participarem de um grande ato relacionado ao Dia
Internacional da Mulher na Esquina Democrática.
Então, nós, da Força Sindical do
Rio Grande do Sul e os seus Sindicatos filiados, nos sentimos no direito de vir
aqui prestar esta homenagem às companheiras trabalhadoras, às mulheres de Porto
Alegre, às mulheres do Rio Grande do Sul e do Brasil. Peço a todos uma salva de
palmas para as mulheres brasileiras. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói
Guimarães): Convido o Sr. Cláudio Renato Guimarães da Silva,
Presidente da Força Sindical, a fazer parte da Mesa.
A Verª Neuza Canabarro está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. NEUZA
CANABARRO: Sr. Presidente, nobres Vereadores, senhoras e
senhores que aqui comparecem; nosso convidado, a quem agradecemos as palavras
ditas, as quais estimulam a luta das mulheres.
Eu diria que o Dia Internacional
da Mulher é muito significativo e vou enfocar a mulher da década de 60. Eu
casei aos 17 anos, aquele casamento tradicional, em que se tinha um nível
superior para acrescer à cultura familiar, mas não era permitido trabalhar
fora. Ainda sou da época em que, quando chegavam os homens, a mulher servia o
cafezinho ou o aperitivo.
Então, eu considero que aquela
luta feminista da década de 70 foi altamente vitoriosa. Por quê? Porque as
principais bandeiras que as mulheres empunharam, como a divisão do trabalho no
lar com o marido - havia aquele marido que dizia que “filho quem criava era a
mulher” -, foram mudando. Hoje nós temos significativos avanços, tanto é que eu
vejo, pelo lado positivo, homens que assumem os filhos na separação, e isso era
muito raro. E o direito a falar, a discutir nos grupos formados por homens? As
mulheres ficavam restritas ao “clube da luluzinha”, e os homens ao “clube do
bolinha”.
Então, essas conquistas todas são
extremamente gratificantes, e eu diria mais, para concluir aqui, com uma
mensagem que recebi do Ver. Dib. (Lê.) “Lin Yutang disse: As mulheres são seres
humanos exatamente como os homens, iguais na capacidade de julgar e de cometer
erros. Se lhe derdes a mesma experiência do mundo e os mesmos contatos com este
na capacidade de realizar trabalho eficaz, de conservar a cabeça fresca; se lhe
derdes o mesmo treino nos negócios no descortino social; se não a trancardes em
casa e, finalmente, na capacidade de governar, pois se as mulheres governassem
o mundo não poderiam, talvez, estabelecer maior confusão nele do que o fizeram
os homens”. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): A Verª Clênia Maranhão está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, queria em nome da minha Bancada, em meu nome e em nome do Ver.
Paulo Odone, saudar a presença da Força Sindical e, de uma forma muito
especial, as mulheres trabalhadoras que se encontram nesta Casa na tarde de
hoje.
Nós consideramos muito importante
a presença da Força Sindical e das mulheres trabalhadoras, porque todos os
dados - inclusive os mais recentes, apresentados ainda esta semana - sobre a
situação das mulheres no mercado de trabalho demonstram que, apesar do
crescimento da inserção da mão-de-obra das mulheres no mercado de trabalho
brasileiro, ainda as mulheres estão vinculadas às categorias em que a
remuneração está entre as mais baixas do mercado. A questão da creche, a
dificuldade da divisão da jornada de trabalho, o acúmulo das tarefas
domésticas, a questão do assédio sexual, a dificuldade de acesso aos cargos de
chefia e inúmeras outras solicitações e lutas levadas pelas mulheres
trabalhadoras ainda constituem problemas fundamentais e devem ser colocados a
público pelas centrais sindicais.
Nós, como Parlamento de Porto
Alegre, temos a responsabilidade e a obrigação de nos colocar como porta-vozes
dessa demanda das mulheres trabalhadoras de Porto Alegre. Queremos dizer que
esta Câmara tem a tradição de apoiar a luta pela igualdade, de fazer com que,
na Semana da Mulher, possamos dar visibilidade à luta das mulheres que é, e
deve ser sempre, uma luta do conjunto dos trabalhadores brasileiros. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. LUIZ BRAZ: Presidente Elói Guimarães, Ver. Nereu D’Avila, Secretário, ninguém
melhor do que o Cláudio, Presidente da Força Sindical, para vir aqui, hoje, ser
o orador em homenagem a esse Dia Internacional da Mulher, porque o Cláudio
também é Vice-Presidente do Sindec, do Sindicato dos Comerciários. E é lá no
Sindicato dos Comerciários que nós vamos nos deparar com uma luta que já se
arrasta por muitos e muitos anos em defesa da mulher trabalhadora. No comércio,
a mulher é maioria, e, como tal, ela tem sido, ao longo dos tempos, espezinhada
pela falha das legislações. E o Sindec, juntamente com a Força Sindical, tem-se
somado, realmente, com os seus esforços no sentido de fazer com que essa mulher
possa recuperar a sua dignidade de trabalho. E esta homenagem é para quem tem
ação nesse campo. Eu vejo que lá, no Sindicato dos Comerciários, se faz, hoje,
um trabalho para que as creches, que são um dos grandes problemas enfrentados
pela mulher trabalhadora, venham a ser uma das soluções apresentadas por meio
do trabalho do Sindicato.
Então, nesse Dia Internacional da
Mulher, acho que vocês têm um histórico de luta em prol do direito dos
trabalhadores, mas, principalmente, em prol do direito de as mulheres militarem
no campo de trabalho com toda a dignidade possível. Acho que ninguém melhor do
que vocês para, hoje, estarem aqui representando a classe trabalhadora neste
dia. Parabéns pela luta de vocês, parabéns às mulheres e que nós possamos,
todos juntos, algum dia, ser vitoriosos e ter a sociedade melhor constituída
com homens e mulheres ocupando os seus espaços. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Ibsen Pinheiro está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. IBSEN PINHEIRO:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, o PMDB se associa, com muito gosto, a esta homenagem que hoje
prestamos à mulher num dia de luta, mas que também está sendo, nos últimos
anos, um dia de festejos, de grandes e significativas vitórias.
Alguns preconceitos mais evidentes
estão sendo derrubados, visivelmente; outros, no entanto, mais insidiosos,
permanecem e nos desafiam. Exemplifico, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores:
quando há alguma discriminação, sempre se acrescenta uma discriminação
adicional à mulher. A discriminação que sofrem os trabalhadores é maior contra
a mulher trabalhadora. A discriminação que sofrem os pobres, a mulher pobre
sofre maior; a discriminação que sofrem os negros, a mulher negra sofre maior.
E na própria vida pública, Sr. Presidente, teatro de tantas construções
inovadoras, ainda se percebe o preconceito, a restrição mental à presença e à
atividade da mulher. Nesta Casa, podemos festejar uma presença significativa de
uma Bancada de nove mulheres, uma quarta parte da composição do Plenário. É
pouco, correto será o dia em que seremos aqui o que realmente somos, mais ou
menos, meio a meio, e nos damos muito bem, historicamente.
Quero terminar esta ligeira
observação, lembrando uma mulher que foi a primeira que integrou esta Casa.
Jovem repórter que era, conhecia-a pessoalmente e admirei sua fibra de mulher
capaz de enfrentar todos os preconceitos e mais aqueles que afetavam a sua
atuação política da mulher comunista que era: Julieta Batistiolli. Na figura de
Julieta, quero homenagear a todas as mulheres, especialmente as que praticam a
coragem adicional de ingressarem na vida pública. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. MANUELA
D’ÁVILA: Sr. Presidente, nosso representante da Força
Sindical, sem sombra de dúvidas, esta é uma semana muito importante para as
mulheres do nosso País, do nosso Estado, de todo o mundo, mas,
fundamentalmente, da nossa Porto Alegre, porque aqui estamos na Câmara
Municipal de Porto Alegre. É um dia que marca a nossa luta, para que possamos
continuar sendo diferentes dos nossos companheiros também de luta, os homens;
que marca a nossa luta para superarmos as desigualdades que não fazem parte dessas
diferenças, inclusive biológicas e naturais, de que dispomos. Mas, sem sombra
de dúvidas, quando nós debatemos toda e qualquer questão relativa às mulheres,
nós temos que trabalhar com os preconceitos e com os lugares em que residem
essas desigualdades, essas diferenças impostas por esta sociedade, por vezes,
preconceituosa com as mulheres.
Hoje é um dia bastante feliz para
nós, porque comemoramos a caída de dois mitos relacionados à mão-de-obra das
trabalhadoras mulheres. O novo relatório da OIT afirma - reafirma, aliás, e as
mulheres lutadoras já sabiam desse número - que não é verdade o argumento
colocado pelas empresas, pelos contratadores, de que a mulher é mais
mal-remunerada em função das despesas com seus auxílios, com a dispensa
maternidade, a creche para o seu filho. A OIT comprova que as empresas não têm
mais gastos com as trabalhadoras mulheres do que com os trabalhadores homens.
Essa é uma grande vitória.
E é por isso, por essa vitória
das mulheres, no dia de hoje, com esse relatório da OIT, que nós não podemos,
nesse Dia Internacional da Mulher, quando estamos na frente de uma central de
trabalhadores, deixar de lembrar a posição do nosso Partido e da corrente
sindical classista: somos absolutamente contrários a essa reforma sindical que está
colocada pelo Governo Federal, porque sabemos - e posso listar um de seus
elementos: quando ela sobrepõe as negociações, prevalece, no caso, a lei, não
havendo mais o critério de que vale o maior benefício - quem serão os atingidos
com isso. Se as mulheres foram as últimas a conquistarem os seus direitos,
também serão as primeiras a perderem, a verem esses direitos diminuídos, a
verem os seus direitos de trabalhadoras sendo, pouco a pouco, derrotados nas
suas lutas históricas. É por isso que as mulheres trabalhadoras, na nossa
opinião, da nossa Bancada do Partido Comunista do Brasil, no dia 8 de março,
devem, na sua luta pela superação da desigualdade, lutar para combater a
reforma sindical. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói
Guimarães): A Verª Maristela Maffei está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. MARISTELA
MAFFEI: Sr. Presidente, falamos também em nome da Bancada
do PSB, cumprimentamos o Sr. Cláudio Renato Guimarães da Silva, Presidente da
Força Sindical.
Nós sabemos que para as mulheres
estão reservados os postos de trabalhos mais precarizados. Sua presença é
marcante principalmente no mercado informal, fora do amparo legal. Praticam
extensas jornadas de trabalho, recebem salários menores por tarefas iguais e
têm dificuldades de chegar a postos de comando, inclusive em sindicatos.
Nesse sentido, quero dizer que o
senhor, como integrante da Força Sindical, sempre será bem-vindo nesta Casa.
Esta é a nossa Casa. Agora, com tantas mulheres à frente dessa luta, nada
melhor do que as próprias mulheres para falarem de suas dores. Acho que isso
faz parte da democracia.
Mais do que sensibilidade, acho
que temos que nos envolver com a luta pela igualdade de direitos, como é o
caso, por exemplo, da luta contra a abertura do comércio aos domingos, em que
se observa a predominância de mulheres. São elas as mais atingidas, porque,
além de não serem tratadas dentro das questões legais trabalhistas, acabam não
podendo participar do cotidiano da sua família e nem desenvolver outras
atividades. Isso nos faz continuar nessa luta. Acho que o Sindicato, junto
conosco, tem essa responsabilidade, porque a gente sabe que isso também está
nas mãos dos senhores - mudar essa realidade -, para que as mulheres tenham
mais tempo para o pleno lazer e prazer. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): A Verª Mônica Leal está com a palavra, nos termos
do art. 206 do Regimento.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, Sr. Cláudio Renato Guimarães da Silva,
Presidente da Força Sindical do Rio Grande do Sul, eu gostaria de registrar, em
nome da Bancada do PP, da qual fazem parte os Vereadores João Antonio Dib e
João Carlos Nedel, que nos últimos tempos a mulher avançou no mercado de
trabalho, conquistou posições de liderança e está consciente e segura do seu
importante papel em todos os setores da vida pública. Ela merece esse destaque,
depois de esperar, através de séculos, com paciência, por esse momento, pois,
sabemos, todas nós, não ter sido nada fácil essa caminhada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Maurício Dziedricki está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. MAURÍCIO
DZIEDRICKI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores; Sr. Cláudio Renato
Guimarães da Silva, companheiro “Janta”, Presidente da Força Sindical; venho,
em nome da Bancada do PTB, registrar com profunda alegria a sua visita, em
especial pelo tema que tratamos e iremos tratar com maior ênfase nesta semana.
Quero também fazer um depoimento
pessoal. Foi-me dada a oportunidade de acompanhar a Fundação Gaúcha do Trabalho
e Ação Social, e nós discutimos a participação da mulher no mercado, fizemos
uma análise mercadológica e, por muitas vezes, vimos que a ocupação das
mulheres se dá de forma marginal e sectária em alguns setores da sociedade, e
essa é uma das maiores barreiras com as quais vamos conviver, lutar, legislar
e, se possível, transpor neste momento da sociedade porto-alegrense, da
sociedade gaúcha. Tenho a certeza de que, através da Força Sindical, teremos
mais um parceiro, solidificando esse trabalho que o PTB realiza, solidificando
o trabalho a que nós Vereadores nos propomos, mas, principalmente, respeitando
a ocupação da mulher, a sua qualidade, a sua veemência, a sua dedicação e,
antes de tudo, o seu conceito dentro da sociedade gaúcha, porto-alegrense e
brasileira, sendo partícipe, de maneira ativa, de maneira propositiva. Que a
mulher tenha louros, tenha êxito na ocupação realmente justa e digna, pela
qualidade e pela capacidade que é inerente ao ser humano. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): As Bancadas sumularam o pensamento da Mesa, desta
Presidência. Cumpre apenas agradecer e dizer, Presidente Cláudio Renato
Guimarães da Silva, que a Casa realiza uma semana de debates em homenagem ao
Dia da Mulher e uma Sessão Solene que será realizada amanhã, para a qual todas
as senhoras aqui presentes estão convidadas. Portanto, queremos agradecer a V.
Sª e a Casa, em especial, às Vereadoras mulheres, que recolhem a manifestação
e, inclusive, a faixa que lá está posta: “8 de março, Dia Internacional da
Mulher - Lutar sem perder a ternura - Força Sindical”.
Queremos, mais uma vez, agradecer
a presença de V. Sª, das muitas mulheres que integram a Força Sindical, do
Sindicato dos Comerciários. Lembro um nome de muita luta no seio do Sindicato
dos Comerciários que foi Esther Machado. Então, lembrando o seu nome, nós
também queremos homenagear a mulher lutadora, líder sindical.
Levantamos os trabalhos, por
alguns minutos, para os cumprimentos a V. Sa. e, de resto, aos integrantes do
Sindicato e da Força Sindical aqui presentes.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h33min.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães - 14h36min): Estão reabertos os
trabalhos da presente Sessão.
O SR. ADELI SELL
(Requerimento): Sr. Presidente, gostaria de requerer, se possível,
informação a respeito da data correspondente à liberação de recursos
financeiros do Fundo Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, para o
Município, uma vez que recebemos hoje, aqui, como sempre recebemos, um conjunto
de Ofícios e cartas na Casa do Povo de Porto Alegre. Gostaria de saber a que
mês correspondem os valores.
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): A Assessoria Legislativa coloca à disposição de V.
Exª, bem como aos demais, todos os dados relativos ao Requerimento de V. Exª;
inclusive, pode ser fornecido xerox.
Passamos ao
O Ver. Maurício Dziedricki está
com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Elias Vidal.
O SR. MAURÍCIO
DZIEDRICKI: Sr. Presidente, companheiro Ver. Elói Guimarães; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, servidores desta Casa, público da TV Câmara, povo
de Porto Alegre, através da Força Sindical nós já iniciamos a discussão do Dia
Internacional da Mulher que será celebrado amanhã, no dia 8 de março. Mas eu
quero propor nesta tribuna que façamos, nesta semana, um período de discussão
com maior veemência sobre esse assunto, com maior ênfase às questões da mulher,
com maior participação dela na realidade legislativa, na realidade política,
cultural e econômica.
Portanto, registro aqui, no
espaço que me cedeu o Ver. Elias Vidal, o compromisso que o PTB tem para trazer
nesta semana, de maneira enfática, como já foi dito, a participação da mulher
na sociedade, as suas conquistas. O Presidente Cláudio, representante da Força
Sindical, fez referência ao ato de 8 de março de 1857, ao incêndio que atingiu
a indústria tecelã de Nova Iorque, e nós também precisamos fazer referência,
sim, a esse ato como um dos atos que não mais se repetirá. Não será mais
necessário que mulheres coloquem a vida em risco para a garantia de seus
direitos. Não será mais necessário vermos o cair dos corpos para que elas
possam ser valorizadas, para que elas possam ser respeitadas. Jamais isso
acontecerá na sociedade moderna, porque mais do que nunca existe o compromisso
de buscar a igualdade, a eqüidade, buscar respeito ao ser humano e, em
especial, a esse outro gênero que tanto nos acolhe, que tanto nos é peculiar em
nossas vidas, com a questão da feminilidade, da sua participação.
Registro isso com muita
tranqüilidade, uma vez que, na história brasileira, por intermédio de um
Governo trabalhista, nós pudemos garantir alguns direitos femininos. É o caso,
vejam vocês, do Governo Getúlio Vargas, que proporcionou à mulher a
participação eleitoral, com o voto, garantindo também nas leis trabalhistas o
período de maternidade. Enfim, ao longo da história brasileira, ao longo da
história da nossa sociedade, vimos inúmeras conquistas, principalmente a
autonomia no comportamento, no posicionamento civil da mulher, na sua posição
enquanto referência de trabalho, enquanto ocupação mercadológica. E é
necessário reafirmarmos - e já foi dito aqui por este Vereador no momento em
que saudamos o Presidente da Força Sindical - a necessidade de discutirmos o
porquê da redução salarial das mulheres quando ocupam os mesmos cargos que os
homens, que gira em torno de 20%. Por que isso acontece, se há a mesma força
potencial, a mesma força motriz? São discussões que são peculiares e que nós
devemos tratar quando incluímos na pauta das discussões a composição salarial,
a posição trabalhista, a empregabilidade da mulher.
Foi feito um pronunciamento na
Assembléia Legislativa, no que diz respeito à participação de Deputadas daquele
Parlamento na Conferência Mundial de Pequim - Conferência da ONU! -, onde nós
tivemos a representação da Deputada Maria do Carmo, Deputada Jussara Cony, da
Deputada Maria Augusta Feldmann, celebrando, por meio da referência gaúcha, por
meio da referência política das mulheres, um espaço de discussão pleno nesse
cenário mundial. Eu tenho certeza de que foram muitas as conquistas e que
continuará assim, porque a sociedade, além de precisar, cada vez mais, deve ser
honesta para consigo.
Quero registrar um dado aqui, do
IBGE, que aponta que 30% dos lares brasileiros têm como arrimo familiar a
mulher; que 30,4% das mulheres que hoje ocupam a sociedade na faixa etária dos
15 aos 14 anos já têm filho. Eu trato da mulher jovem porque sou jovem, porque
pretendo legislar, fiscalizar e promover a inclusão social dos jovens, também,
no mercado, na sociedade, na composição cultural. E vejam, Srs. Vereadores e
Sras. Vereadoras, ao mesmo tempo em que nós vemos mulheres, garotas, que têm
entre 15 e 24 anos, assumindo o compromisso com o filho, nós vemos o
afastamento delas nas escolas, nós vemos o aumento de atendimento na rede
pública de Saúde. Precisamos de políticas de inclusão social, precisamos de
políticas de bom gerenciamento contingencial dessa massa que passa a fazer
parte da economia ativa da nossa sociedade com políticas que realmente atendam
as necessidades dessas jovens. O IBGE aponta, além desses dados, que, na Região
Sul, apresentamos uma taxa de inclusão social pelo emprego de 60,3%, uma taxa
alta, uma das maiores do Brasil, só que, por muitas vezes, são empregos
marginalizados ou empregos que não competem e nem trazem todas as garantias
amplas a que as mulheres têm direito, tanto quanto os homens.
Nós acompanhamos a discussão no
Congresso Nacional, como pauta, da reformulação do Código Penal, com o Código
de 1941. Através de termos, conseguimos promover um pouco mais a inclusão
dessas mulheres, o respeito à mulher, como no caso da retirada da expressão “mulher
honesta” do texto legal. Houve a promoção - e espero que o Presidente Lula
atente para isso - desse respeito no texto de lei do Código Penal. Que a gente
possa realmente, através dos nossos livros, através das nossas obras,
classificar as mulheres, cada vez mais, no mesmo contexto que os homens.
Vemos também a ocupação da vida
pública. Eu quero registrar aqui, na presença das nossas Vereadoras, uma
homenagem pela participação da mulher - e eu tenho certeza disso, pois divido
uma Comissão com três mulheres -, pelo seu árduo trabalho, pela sua qualidade,
pela sua competência.
Quero dizer, por fim, Sr.
Presidente, que homens e mulheres devem somar-se na transformação de uma
sociedade, devem-se respeitar, devem promover não somente a inclusão, mas também
um debate amplo, plural, democrático, com a marca do respeito, com a marca da
veemência nesses assuntos, como venho dizendo nesta tribuna, com assuntos
prioritários para o bom andamento de uma sociedade, para a harmonização desta
Porto Alegre em que nós vivemos, desta Porto Alegre que nós queremos.
Quero aqui registrar que não
existe, em sequer um momento de sua vida, um ser humano que não tenha amado uma
mulher. Não existe isso! Quiçá pode ter sido por um único momento, mas não
existe um ser humano que não tenha amado uma mulher.
Eu quero fazer essa referência na
pessoa da minha mãe, na pessoa da Célia, mas externar a todas as Vereadoras, a
todas as porto-alegrenses, pelas quais estaremos, cada vez mais, olhando pelos
seus direitos; estaremos, cada vez mais, registrando o nosso carinho e, quem
sabe, promovendo, de maneira plural, total e de qualidade, o respeito e a
inserção das suas participações nesses espaços, na sociedade economicamente
ativa, no emprego, acentuando essa participação nos rumos de uma Porto Alegre
melhor. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): A Verª Maria Celeste está com a palavra em Grande
Expediente, por cedência de tempo deste Vereador.
A SRA. MARIA CELESTE:
Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, a princípio, quero agradecer a gentileza do nosso
Presidente. Senti-me extremamente estimulada pela fala do Ver. Maurício
Dziedricki, que vem trazer um tema tão importante para esta Casa, que é a
questão das mulheres no Parlamento, nas atividades na política, na vida
doméstica, nos mais diversos setores da nossa Cidade e do nosso País.
Este ano nós tivemos uma
iniciativa ímpar nesta Casa com a Comissão - criada junto aos serviços da Casa
- liderada, de certa forma, pela Verª Neuza Canabarro, que fez toda uma
programação e um trabalho diferenciado, e posso dizer que muito nos honrou e
nos honra essa participação. Nós tínhamos a idéia de poder fazer um debate que,
para além das homenagens, para além das comemorações da Sessão Solene, fosse
trazido a este Plenário de uma forma efetiva, como o Ver. Maurício fez agora.
Nós tínhamos a idéia de, na quarta-feira, Sr. Presidente, fazer uma Sessão
especial, eu diria assim, na qual não apenas as Vereadoras, mas todos os
Vereadores, representados por meio de suas Lideranças - e por que não da
própria Pauta do dia? -, pudessem estar trazendo as suas opiniões, as suas
considerações sobre o tema da mulher, uma vez que a luta das mulheres não é uma
luta apenas das mulheres. Nós queremos, cada vez mais, que os homens possam
estar se agregando a essa luta, trazendo a sua contribuição. E muitos Partidos
nesta Casa não têm a representação feminina ainda na sua Bancada.
Instigada pelo pronunciamento do
Ver. Maurício, como eu dizia, venho aqui trazer novamente essa sugestão da
Comissão, para que, na quarta-feira, Ver. Maurício, todos os tempos de
Comunicação de Líder possam ser usados - estamos colocando isso como sugestão,
e o faço, acredito, não só em meu nome, mas em nome de todas as Vereadoras, uma
vez que era uma iniciativa da Comissão - para pronunciamentos, considerações
acerca da questão da mulher e das lutas que nós precisamos travar no nosso
cotidiano a fim de que nós possamos, cada vez mais, abrir espaços, inclusive
nos nossos Partidos, para a representação feminina. Dessa forma, com essa
sugestão, espero estar trazendo esse tema à reflexão interna e necessária dos
Partidos.
Existe, no País, uma política de
cotas já determinada para as candidaturas: 30% é destinado às mulheres. E muitas
vezes ficamos pensando: qual a necessidade dessa cota de 30%? Para que as
mulheres realmente tenham o seu espaço garantido nos Partidos; espaço de
discussão, de reflexão, de poder estar colocando não só as lutas e a história
de luta das mulheres como plataforma política, como interesse político na hora
da decisão. E nós vemos com muita tristeza o quanto isso é dificultado pelos
Partidos, o quanto tem sido dificultada a inserção das mulheres na vida
política. Se observarmos as últimas eleições municipais, ocorridas no ano
passado, veremos que o número de Vereadoras diminuiu no País, embora saibamos
que também tenha diminuído o número de vagas nas Câmaras Municipais por conta
da nova legislação, e quem mais sofreu essa discriminação na redução do número de
vagas foi a mulher.
Então, Sras Vereadoras
e Srs. Vereadores, temos muito a trabalhar nesta Casa, muito mais do que fazer
homenagens, muito mais do que criar semanas com homenagens, precisamos
estabelecer um debate político e sério, principalmente com apoio a projetos e
iniciativas que vão ao encontro do desejo das mulheres da nossa Cidade. Nós
sabemos também - há pouco tivemos Tribuna Popular e pudemos ouvir isso - o
quanto a mulher é discriminada no mercado de trabalho, o quanto ainda se coloca
a questão das mulheres que ocupam o mesmo posto de trabalho em relação aos
homens e o quanto o salário delas é desvalorizado. Vejam o quanto é dificultada
a própria inserção no mercado de trabalho pelo simples fato de que ela pode
gerar um filho, ser mãe e, aí, onerar aquela empresa, porque terá direito à
licença maternidade e a tantas outras questões já conquistadas pelas mulheres
militantes de lutas de muitos anos.
Que esse dia 8 de Março seja,
para esta Câmara, um dia de muita reflexão e muito debate político. Por isso
quero, novamente, fazer um apelo no sentido de que a Sessão de quarta-feira, no
dia 9 de março - uma vez que amanhã já teremos a Sessão Solene -, possa ser um
espaço de debate e de reflexão do posicionamento não só das nove Vereadoras que
estão nesta Câmara - aliás, a maior Bancada feminina dos últimos anos -, mas
também um espaço de reflexão de todas as Lideranças desta Casa, para
verdadeiramente contribuir na trajetória de vida dessas mulheres que marcaram o
tempo e a história de Porto Alegre, que elas, sobretudo, possam ser também
motivo de esperança para as mulheres da Cidade nas suas diversas lutas, como
nas questões do mercado de trabalho, na questão da violência doméstica e todas
as demais lutas necessárias para esta Cidade. Muito obrigada, Sr. Presidente;
obrigada, Srs. Vereadores.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Passamos às
O Ver. Luiz Braz está com a
palavra em Comunicações.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e
senhores, tudo o que eu falo, tudo o que eu faço aqui neste plenário, eu o faço
de forma documentada. Não há uma afirmação que faço aqui que não possa ser
comprovada.
Quando o Prefeito era do PT e o
Governador do Estado era o Sr. Olívio Dutra, nós nos investimos contra uma
permuta que foi feita entre a CEEE e o Município de Porto Alegre. E nós
dizíamos que aquela permuta era lesiva ao interesse público, por isso mesmo
entramos com uma ação para o desfazimento dessa permuta. Eu lembro que fui criticado
por algumas pessoas porque eles não entendiam por que eu, como Vereador, não
estava satisfeito com uma permuta em que um terreno - bem aqui na frente da
Câmara Municipal, com seis mil metros quadrados - era dado em troca de índices
construtivos. O terreno pertencia à CEEE, com um valor de mais ou menos seis
milhões de reais. Os índices construtivos que foram dados em troca estavam na
base de dois milhões de reais. E diziam: “Mas você como Vereador do Município
teria de aplaudir, porque, afinal de contas, o Município levou vantagem nesta
permuta!”. Mas tudo aquilo que é negativo para a CEEE é negativo para todos
nós, pois a CEEE interessa a todos os cidadãos. Então, como é que se explica
que uma empresa falimentar possa fazer uma permuta, dando um patrimônio seu no
valor de seis milhões em troca de índices construtivos de apenas dois milhões
de reais? Nós fizemos essa contestação através de uma ação na Justiça, e isso
gerou, inclusive, o próprio pedido de demissão da Assessora Jurídica da CEEE, a
Dra. Denise Brossard. Nós prosseguimos com a ação, houve alguma
discussão dentro da própria CEEE, algumas pessoas não querendo desistir da
permuta, muito embora sabendo ser ela lesiva.
Agora o Governador do Estado,
Rigotto, há pouco tempo, resolveu solicitar à CEEE que desfizesse a permuta,
porque ela é extremamente lesiva aos interesses públicos e, principalmente, aos
interesses diretos da CEEE. No dia 20 de dezembro, inexplicavelmente, o
Município de Porto Alegre, através de um Decreto, fez o seguinte: deu em concessão
de uso para o INCRA essa área, que está sub judice, sobre a qual foi
solicitado o desfazimento da permuta. E, sem obedecer aos critérios legais, o
Prefeito acabou dando, em concessão de uso, a área para o INCRA.
O decreto está aqui, em minhas mãos,
e baseia-se, Ver. João Dib, no art. 15, inciso II, da Lei orgânica do
Município. Só que o art. 15, inciso II, da Lei Orgânica diz o seguinte (Lê): “A
concessão de direito real de uso de bens de uso comum somente poderá ser
outorgada mediante lei e para finalidade de habitação e educação ou assistência
social”. Sabem qual é a finalidade do Decreto? Estacionamento para o INCRA -
essa é a finalidade do Decreto!
O Sr. Carlos
Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Para corroborar, Ver. Luiz Braz, e agradeço-lhe o aparte: é real essa
permuta, mas nós queremos manifestar uma contestação desses elementos, visto
que esses valores são verdadeiros. No entanto, esse terreno da Rua Washington
Luiz está gravado pelo Plano Diretor para o futuro alargamento daquela rua,
para se implantar ali uma avenida. Portanto, é um terreno que não tem utilidade
para fins comerciais ou para fins de valorização imobiliária. Então, é um bom
negócio para a Prefeitura, mas é um negócio melhor ainda para a CEEE, porque
não haveria outra maneira de apurar recursos com esse terreno, uma vez que ele
é de interesse público, da Municipalidade. Muito obrigado.
O SR. LUIZ BRAZ: Para concluir. Ver. Todeschini, se V. Exª verificar no Plano Diretor,
vai ver que não é todo o terreno que foi atingido pelo Plano Diretor, foi
apenas uma parcela. Essa parcela poderia ser negociada pela Administração com a
CEEE - só essa parcela do terreno que foi atingida pelo Plano Diretor. O total
do terreno, de seis mil metros quadrados, não, porque, inclusive, uma escola
estava sendo destinada para ser construída no local sobre o qual nós estamos
discutindo.
Se isso não valesse, o próprio
instituto utilizado para fazer a concessão de uso, no dia 20 de dezembro...
Primeiramente, foi de forma açodada, já que faltavam apenas dez dias para o
término da Administração, poderiam esperar terminar a Administração e deixar
que o próximo gestor tratasse do assunto. E outra: foi completamente errado o
modo como foi utilizado o documento para se fazer a concessão do Direito Real
de Uso. É disso que nós estamos tratando; eu estou aqui contestando a forma
como o Município agiu nos últimos quinze dias de sua Administração. Mas
agradeço a Vossa Excelência.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. NEUZA
CANABARRO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, senhores e senhoras, venho a esta
tribuna com enorme satisfação de ver que o trabalho da Comissão de Educação,
presidida pelo Ver. Adeli Sell, é de uma eficiência sem igual, uma vez que nós
entramos com um pedido de Audiência Pública para que se discutisse os Ciclos na
primeira reunião da Comissão, e imediatamente o nosso Presidente marcou para o
dia 4, sexta-feira passada.
Eu posso dizer aqui que a reunião
foi de uma produtividade fantástica. Por quê? Porque tivemos a presença de
quatro ex-Conselheiros do Conselho Estadual de Educação que participaram do
momento de apreciação e aprovação da implantação dos Ciclos. Diria que, naquele
momento, nessa Audiência, Sr. Presidente, nós tivemos, de um lado e de outro,
lideranças a favor e lideranças contra. É importante dizer aqui que esse não é
um debate ideológico, pois aqui não estamos debatendo a primazia ou a
implantação por Partido A ou B, mas a responsabilidade de formarmos uma geração
de analfabetos.
Essa luta nossa não é de hoje,
não se iniciou agora em fevereiro. No ano de 2000, nós já iniciávamos na Câmara
Federal, através do Deputado Alceu Collares, um debate que se concretizou no
dia 17 de abril de 2002. Foi feita uma Audiência Pública com os maiores
educadores - os maiores educadores do Brasil -, para falarem em relação à
solução para as não-aprendizagens que constam dessa separata. Eu tomo a
liberdade de dizer que esperamos, aqui em Porto Alegre - onde se implantou o
Ciclo, em 1996 -, tirar desse trabalho na Comissão de Educação alternativas que
o Prefeito Fogaça possa implementar no processo ensino-aprendizagem da rede
municipal.
Eu citaria, aqui, o professor
Edgard Linhares Lima, da Universidade Federal do Ceará, que diz (Lê.): “...o
ciclo é teoricamente melhor [...] mas, como se fosse um avião, não pode voar se
não tem turbina nem combustível.” Por que ele diz que não tem turbina nem
combustível? Porque nós sabemos que cada pessoa que tem seu atendimento
educacional através do atendimento individual vai render muito mais; então, nós
não temos condições de fazer esse ensino individualizado.
A professora Aparecida de Fátima
Tiradentes dos Santos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, diz que a
promoção automática - que é o que os ciclos fazem - é mais perversa ainda do
que a reprovação. E diz: “...considero a reprovação uma face perversa,
repugnante do sistema escolar, que atinge, muitas vezes, crianças na faixa
etária em que elas não têm sequer condições de questionar a autoridade de quem
as reprova. Entretanto, considero que a promoção automática” - feita pelos
ciclos - “ou outras estratégias implantadas sem o devido acompanhamento, sem o
devido rigor, sem a devida seriedade constituem uma face mais perversa ainda,
se é que é possível existir algo mais perverso.”
E, concluindo, a professora
Esther Pillar Grossi, ao término do debate na Câmara Federal, disse (Lê.):
“...a estrutura escolar por ciclos mascara não só a não-aprendizagem, como a
própria evasão, uma vez que não há avaliação anual e as turmas não são estáveis
durante um ano letivo. Concretamente, nesse sistema escolar um aluno só passa a
constar como evadido quando não passa de um ciclo para o seguinte, o que ocorre
para além de 365 dias.”
Dessa forma, fica aqui a nossa
esperança e a nossa vontade de encontrar soluções para as não-aprendizagens,
séries ou ciclos.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra em
Comunicações.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; meus colegas Vereadores, minhas
colegas Vereadoras, nós queremos abordar hoje dois assuntos aqui nesta tribuna:
primeiro, não vejo aqui o Ver. Todeschini, que fez um pronunciamento, na minha
avaliação, desqualificado; eu acho que o debate tem de ser em alto nível. Ele
disse que a nossa atitude aqui nesta tribuna ao criticarmos a sua gestão no
DMAE é uma atitude de demagogia e disse que o Governo do Estado tem uma
quadrilha instalada lá na questão dos remédios. Eu não quero me aprofundar
nisso, só quero dizer ao Ver. Todeschini que “quadrilha dos remédios”, que eu
conheço mesmo, é aquela da “vampiragem” lá de Brasília, Ver. Sebenelo. Lá está
instalada a verdadeira quadrilha que roubava remédio dos hemofílicos, dos
aidéticos, sob a liderança do Governo Federal, do Ministro Humberto Costa.
Então, para mim, se há “quadrilha dos remédios” neste País, é aquela que está
instalada lá.
Segundo, o povo pode ter memória
curta, mas eu não tenho, não. O Ver. Todeschini foi Diretor do DMAE - e ele
veio aqui fazer crítica aos 11,6%, que é uma Lei - de 2001 até 2004. O Governo
do PT não respeitou a Lei Federal que proibia qualquer reajuste mensal, eles
praticaram reajuste mensal da tarifa até março de 2002, mensalmente, Ver.
Nereu, e aí, quando chegou em março de 1992, ele tocou um tarifaço indireto,
colocando 17,9% no chamado realinhamento da tarifa. Alguém está esquecido
disso? Ver. Dib, V. Exª foi autor de um Decreto Legislativo, junto com vários
Vereadores, para derrubar isso. E aí ele vem criticar o aumento da água. Em
março de 2003, ele tocou 30,6% na tarifa da água, mas vem dizer aqui que o
Governo que está assumindo está fazendo demagogia! Não, desculpe-me, Ver.
Todeschini, desculpe-me, vamos nivelar esse debate. Eu queria repor essas
questões aqui: “Vamos devagar com o andor que o santo é de barro”. Não venha
aqui querer colocar dessa forma, porque essa coisa não é assim.
Eu queria dizer ao meu querido
Ver. Carlos Comassetto que o seu discurso está errado. Se ele viesse aqui e
dissesse que as filas continuam na Saúde, eu diria que ele está absolutamente
correto. As filas continuam, porque o Governo de V. Exª deixou sessenta mil
consultas represadas. Quando chegava a cartinha lá, para ortopedistas, para
otorrino ou para outra especialidade, o cidadão já não estava mais neste mundo.
Então, se ele disser que as filas continuam, é verdade, porque não se acaba, em
dois meses ou em um mês e meio, com filas que foram constituídas ao longo dos
dezesseis anos. Então o discurso dele está absolutamente equivocado.
Aliás, quero cumprimentar o Ver.
Comassetto, porque até então eu só o ouvia defender os poderosos, agora estou
vendo o Vereador defender os pequenos também. Eu vi que está defendendo o povo
de Belém Novo, então quero cumprimentá-lo. Eu acho que ele está no veio correto
agora, está casando o discurso com a prática, porque ele estava seguindo aqui a
lógica “lulista”, o Lula discursa para os pequenos e governa para os grandes. E
parte da Bancada do PT é assim também, discursa para os pequenos e governa para
os grandes.
Então nós queremos aqui dizer o
seguinte, retomando e fazendo um fechamento: quero continuar esse debate do
DMAE, porque esta Cidade tem apenas 25% de esgoto tratado; esta Cidade cobra
taxa de esgoto desde o início da década de 90. Então não venha com esse
discursinho do Projeto Socioambiental que não saiu do papel, que, sim, é um
Projeto interessante, mas não saiu do papel.
Eu quero também enfrentar essa
discussão aqui, porque na tarifa d’água se diz que 25% do valor da tarifa, Ver.
Elói, é para investimento, e gostaria que o Ver. Todeschini provasse aqui se
ele investiu isso, efetivamente, na questão da água, esses 25%, porque não
investiu! Então nós queremos continuar esse debate, achamos que ele é bom para
Cidade, mas não de forma desqualificada. Nós queremos enfrentar no campo das
nossas diferenças; a eleição não terminou com as nossas diferenças, e que bom
que seja assim. Ninguém aqui é dono da verdade, nem do lado de lá, nem do lado
de cá. Agora, quando o debate é feito no campo das idéias, acho que qualifica,
ganha a cidadania e ganha a Cidade. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo da Verª Sofia Cavedon.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Obrigado, Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, Vereador: nem desqualificada, nem com atitudes
demagógicas. Isso eu afirmo e reafirmo, porque nós tivemos uma gestão de
continuidade. O Dr. Dib foi Diretor do DMAE, teve essa feliz experiência. Nós
herdamos uma situação em que o nosso companheiro Dr. Guilherme Barbosa foi
Diretor, depois o Dr. Dieter, o Dr. Arnaldo, e eu o sucedi na direção do DMAE.
É verdade, nós tínhamos reajustes
mensais pelo IPC e tínhamos o entendimento de que deveria ser feito diferente,
com base, também, na leitura da lei; não tínhamos a total certeza e fomos nos
guiando pelas orientações dos Tribunais, pela leitura das últimas Legislações,
pela Lei de Responsabilidade Fiscal, enfim, pelas inovações legais que se
apresentaram. E fomos muito bem sucedidos, porque, nas dezenove ações movidas -
a grande maioria pelo Ver. Sebastião Melo -, os Tribunais nos deram razão, nas
dezenove, os Tribunais classificaram as matérias dizendo que nós estávamos
absolutamente corretos quanto aos procedimentos, aos critérios adotados. E
assim o faz o novo Governo, porque adota exatamente os mesmos critérios, as
mesmas normas, as mesmas regras e as mesmas leis para reajustar as tarifas.
Isso é importante!
O que eu digo, Ver. Sebastião
Melo, nobre Vereador, é que não dá para ter atitudes demagógicas, porque os
critérios são exatamente os mesmos que este Governo adota, porque, se ele
fizesse prevalecer o seu discurso, tinha de ter coerência e devolver o aumento,
porque esse aumento de 11,4% é acumulativo, sim, sobre 17,88%, sobre 30,6%,
sobre cinco e alguma coisa do ano passado e, agora, 11,4%, dentro da mesma
lógica, dos mesmos critérios e dos mesmos procedimentos. Então, não dá para vir
aqui discursar numa direção e depois ter uma prática incoerente e totalmente
contrária.
Eu gostaria, Ver. Sebastião Melo,
que V. Exª, um dia, tivesse a honra, tivesse o privilégio de dirigir algum
órgão, alguma Secretaria, eu acho que algum dia V. Exª terá e aí poderá testar
e entender os seus critérios na prática, porque demagogia, discurso, palavras
fáceis, ora uma coisa, ora outra, isso não condiz com a grandeza que devem ter
aquelas atitudes das pessoas que vêm aqui defender a construção, a edificação
de uma Cidade com todas as suas complexidades.
E lhe digo mais sobre a questão
da Saúde. É vergonhosa a declaração do Sr. Vice-Secretário Estadual da Saúde,
atribuindo a um Governo que terminou há 26 meses a responsabilidade pelo desvio
dos remédios nos postos de distribuição do Estado, assim como a questão dos
“vampiros”, sim. Foi o Dr. Humberto Costa, nosso Ministro, que findou uma
grande quadrilha que atuava há doze anos. E lá não era o PT, nem o PCdoB e nem
o PSB que governava, mas há doze anos se desviava um bilhão de reais por ano em
remédios, em consultas, em falsificação de documentos. E essa quadrilha está na
cadeia, sim, graças à coragem, graças à determinação, graças à visão do Dr.
Humberto Costa, nosso Ministro da Saúde. Está presa, sim, grande parte, se não a
totalidade, daquela quadrilha. Felizmente e bom para o Brasil, porque aquilo
que falta nos hospitais e nos postos de saúde em muito é aquilo que foi
desviado para as contas dos paraísos fiscais, para as contas privadas, para a
corrupção.
Nós gostaríamos, além disso,
Vereador, de ver onde estão os postos a cada quilômetro, por exemplo, pois isso
foi dito e reiterado - e já faz 26 meses - pelo nosso Governador, quando
candidato a Governo do Estado. No entanto, nós não vimos uma única pedra
inicial, e a Saúde está aí, sofrida, padecendo, com as pessoas enfrentando
filas, com as pessoas sem remédios, até porque os cortes foram feitos pelo Sr.
Governador, do seu Partido. É a isso que o senhor tem de responder com atitudes
coerentes. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães) O Ver. João Antonio Dib está com a palavra em
Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Valdir Caetano.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, minhas senhoras e meus senhores, eu acho que é importante aprender
a conjugar o verbo construir. O verbo criticar é mais fácil, mas a crítica só
deve ser feita quando for construtiva. O orador que me antecedeu na tribuna
disse que o Ver. Sebastião Melo tinha uma atitude demagógica, porque ele, hoje
sendo Governo - o Ver. Sebastião Melo -, não devolve o dinheiro que o DMAE
cobrou a mais. Ora, não é uma atitude demagógica do Vereador que me antecedeu,
é tão pueril que eu não sei como adjetivá-la. Se o DMAE, que lá estava, gastou
todo o dinheiro, por que esta Administração nova vai devolver o dinheiro que
foi consumido e não bem explicado? Eu disse que nós precisamos construir; isso
de conjugar o verbo criticar é para qualquer um.
Eu tenho ouvido aqui, sou um
Vereador atento, estou ali sempre sentado, que o Vereador Dr. Goulart veio a
esta tribuna e criticou o Secretário de Saúde, criticou o atendimento da Saúde
no Município. É verdade, ele o fez, sim, como eu também o fiz reiteradas vezes,
com muito mais contundência do que ele o fez agora, só que ele estava se
referindo ao passado. Ele dizia (Lê): “Mas, meus queridos, sempre que inicio, o
meu trabalho se volta para a Saúde, que é a obrigação que tenho: a obrigação de
fiscalizar, como Vereador, as coisas que estão acontecendo; como médico,
entristeço-me com as coisas que estão acontecendo. E mais, fico mais triste
ainda por ser médico do Poder Público, médico do SUS, médico que tem que tratar
das pessoas que não têm recursos para pagar uma consulta, uma internação, uma
cirurgia ou mesmo um plano miserável de saúde que seja! Pois, pasmem, um bilhão
de reais por ano é investido na Saúde Pública de Porto Alegre.”
Bem, o Ver. Dr. Goulart se
equivocou, sou obrigado a dizer. Desta tribuna, no ano passado, reiteradas
vezes eu disse que em 2003 havia, na Saúde da Cidade, mais de um bilhão e meio
de reais. Dando-lhe barato, são 350 milhões do Grupo Hospitalar Conceição - e
eu nunca consegui saber do meu amigo João Motta, direto, quanto era recebido -,
mais 350 milhões para o Hospital de Clínicas, mais 430 milhões que a Prefeitura
recebeu em ordens bancárias nominais e mais 300 milhões que a Prefeitura diz
ter aplicado, somam um bilhão e meio. Foi o que o Ver. Dr. Goulart disse aqui e
também que nós temos que nos reunir para fazer uma frente permanente de saúde,
porque talvez agora tenhamos um diálogo com este novo Governo. Uma frente
parlamentar de saúde municipal, porque a saúde é o mais importante setor do
Município, já que foi descentralizada. Então, ele está falando que aquele
Governo que estava antes não atendia, não dialogava! E isso é verdade!
Eu participei de uma reunião
quando os serviços médicos da Prefeitura fizeram greve e eu vi a postura do
Secretário de Saúde, eu vi a postura dos Secretários do Município, vi a postura
do Prefeito João Verle também, que quis acertar. E saímos de lá acertados.
Parou a greve. Isso foi na sexta-feira, e, na segunda-feira, um e-mail
secreto dos comandos da Saúde do Município estragou tudo o que a Câmara tinha
feito. Então, o que o Ver. Dr. Goulart fez aqui foi criticar o passado e dizer
que nesta Administração ele pensa que pode haver diálogo. Mas eu vejo toda a
Bancada da Frente Popular, reiteradas vezes, afirmando que o Vereador criticou
a Saúde. Como ele seria capaz de criticar a Saúde depois daquele Posto de Saúde
do IAPI que está completamente deteriorado, completamente abandonado? E ele,
médico inteligente e competente, como poderia fazer uma acusação ao atual
comando da Saúde na Cidade, conhecendo ele, como conhece, os hospitais desta
Cidade? Não, ele criticou o passado. E isso eu critiquei muitas vezes, nos
mesmos termos, talvez de forma mais contundente, e ninguém da Frente Popular
veio contestar os números que eu trouxe aqui, do Ministério da Saúde e do
próprio Prefeito Municipal de Porto Alegre, Dr. João Verle. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Encerrado o período de Comunicações, passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO
PRELIMINAR (Art. 151 do Regimento)
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1.ª SESSÃO
PROC. 1729/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº
105/02, de
autoria do Ver. Dr. Goulart, que autoriza a instalação e o funcionamento de
Grupos Escoteiros nas modalidades Básica, Ar e Mar, nas escolas mantidas pelo
Município de Porto Alegre. Com Substitutivo nº 01 e Emenda n.º 01 ao
Substitutivo.
PROC. 3743/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N.º 208/03, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que dispõe sobre
a colocação de avisos e sinalizações adequados aos portadores de necessidades
auditivas no interior dos veículos do transporte coletivo de Porto Alegre, nas
estações da TRENSURB, nos terminais de ônibus e lotações e nos pontos de táxi. Com Emenda n.º 01.
PROC. 4339/03 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N.º 322/03, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que dispõe sobre
a garantia de vagas em creches e estabelecimentos escolares e pré-escolares
municipais e conveniados para as crianças menores de doze anos, filhos de pais
que se encontram em situação de cárcere. Com Emenda
n.º 01.
PROC. 5907/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N.º 429/03, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que torna
obrigatória a inspeção anual do estado geral de saúde dos alunos da rede
municipal de ensino.
PROC. 6411/03 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N.º 459/03, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que cria o
Programa Ajuda de Custo, destinado aos professores lotados na rede municipal de
ensino e dá outras providências.
PROC. N.º 3295/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 140/04, de autoria do
Ver. Luiz Braz, que dispõe sobre a comercialização de jornais e revistas em
farmácias e drogarias no Município de Porto Alegre. Com Emenda n.º 01.
PROC. N.º 3840/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 163/04, de autoria do
Ver. Reginaldo Pujol, que institui o Projeto de Habitação Popular (PHP), cuja
finalidade é a devolução ou crédito do ITBI, IPTU, ISSQN e de taxas relativas à
aprovação de projetos, alvarás, licenciamentos e cartas de habite-se às
empresas construtoras habilitadas que executarem projetos destinados à
construção de habitações populares no Município e dá outras providências. Com
Emenda n.º 01. (desarquivado pela Ver.ª Maristela Meneghetti)
PROC. N.º 3931/04 - PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 013/04,
de autoria do Ver. Reginaldo
Pujol, que altera a redação do inciso II do § 15 do art. 5.º da Lei
Complementar n.º 07, de 07 de dezembro de 1973, e alterações posteriores, que
institui e disciplina os tributos de competência do Município de Porto Alegre,
modificando para três anos o prazo do benefício de alíquota predial.
(desarquivado pela Ver.ª Maristela Meneghetti)
PROC. N.º 4020/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 175/04, de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que dispõe sobre as tampas de bueiros no Município de
Porto Alegre.
PROC. N.º 4201/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 186/04, de autoria do
Ver. Adeli Sell, que disciplina a atividade de profissionais do sexo no
Município de Porto Alegre.
PROC. N.º 4206/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 188/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que autoriza o Executivo Municipal a implantar um
velódromo no Porto Seco. Com Emenda n.º 01.
PROC. N.º 0814/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 037/05, de autoria da Ver.ª Neuza
Canabarro, que cria a área escolar de segurança junto às escolas da rede
pública estadual e municipal; institui os Conselhos de Segurança Escolar nas
escolas municipais e dá outras providências.
PROC. N.º 1054/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 045/05, de autoria do Ver. Adeli
Sell, que dispõe sobre a comercialização, o armazenamento e o transporte
de água mineral natural e água natural no Município de Porto Alegre
e dá outras providências.
PROC. N.º 1064/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º
062/05,
de autoria do Ver. Carlos Todeschini,
que concede o título honorífico de Líder Comunitária à Senhora Geni Pinto Machado.
2.ª SESSÃO
PROC. N.º 0104/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 004/05, de autoria do Ver. Raul Carrion,
que institui a “Semana Municipal de Combate e Prevenção ao Câncer de Próstata”,
a ser realizada a partir do dia 27 de novembro (Dia Nacional de Combate ao
Câncer).
PROC. N.º 0357/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 017/05, de autoria do Ver. Raul Carrion,
que torna obrigatória a afixação do Alvará de Funcionamento e do Plano de
Prevenção e Proteção Contra Incêndio nas portas de acesso dos estabelecimentos
de diversões públicas.
PROC. N.º 0568/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 028/05, de autoria da Ver.ª Margarete
Moraes, que assegura aos idosos reserva de pelo menos 5% das vagas em
estacionamentos públicos e privados do Município.
PROC. N.º 4748/01 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
DO LEGISLATIVO Nº 027/01, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que
dispõe sobre a proibição do uso
de materiais, elementos construtivos e equipamentos da construção civil
constituídos de amianto.Com Substitutivo n.º 01 e Emenda n.º 01 ao
Substitutivo.
PROC. N.º 0417/02 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 016/02, de autoria do Ver. Sebastião
Melo, que determina que o
Executivo Municipal se responsabilize por danos e furtos de veículos
automotores e acessórios estacionados em área que realize cobrança.
PROC. N.º 4529/03 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 348/03, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que determina ao
Executivo Municipal disponibilizar aos cidadãos em geral acesso via Internet ao
sistema de gerenciamento de marcação de consultas médicas, exames, cirurgias e
leitos hospitalares do SUS.
PROC. N.º 4531/03 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 349/03, de autoria do Ver. Sebastião Melo,
que dispõe sobre a obrigatoriedade de o Município de Porto Alegre indenizar as
vítimas de acidentes resultantes de alagamentos nas vias públicas, quando
preenchidos os requisitos exigidos nesta lei.
PROC. N.º 4758/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 201/04, de autoria do Ver. Claudio
Sebenelo, que institui o serviço de entrega e coleta de pequenas cargas,
mediante utilização de motocicletas, no Município de Porto Alegre, denominado
moto-frete, e dá outras providências. Com
Substitutivo n.º 1.
PROC. N.º 0480/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 025/05, de autoria da Ver.ª Margarete
Moraes, que veda a afixação de propaganda ou publicidade nos locais que
menciona, que prejudiquem a higiene e a estética urbana ou contravenha a
posturas municipais ou a outra qualquer restrição de direito, exceto àquelas
destinadas à promoção de eventos de âmbito cultural, como Bienal, Exposições e
Feiras, respeitada a legislação municipal relativa ao tema.
PROC. N.º 0997/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 044/05, de autoria do Ver. Ervino Besson,
que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre a Dom Dadeus Grings.
PROC. N.º 0854/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º
59/05,
de autoria do Ver. Sebastião Melo, que institui o “Dia da Câmara Solidária” na
Câmara Municipal de Porto Alegre, a ser realizado, anualmente, na primeira
terça-feira de setembro, com a preparação de almoço ou jantar pelos Vereadores,
cuja renda dos convites reverterá para entidades carentes.
PROC. N.º 1076/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º
063/05,
de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que acrescenta art. 228-A e altera a redação
do § 3º do art. 228 da Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações
posteriores, acrescentando ao Colégio de Líderes um Líder e um Vice-Líder do
Governo, indicados pelo Executivo Municipal.
PROC. N.º 1094/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 064/05, de autoria da Ver.ª
Mônica Leal, que altera a redação do inciso V do art. 30, do inciso V do art.
31, e do art. 40 da Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações
posteriores, passando a denominar Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos
Humanos e Segurança Urbana a atual Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos
Humanos, composta de seis integrantes.
3.ª SESSÃO
PROC. N.º 0725/92 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 041/92, de autoria do Ver. Nereu D’Avila, que altera as Leis n.os
6.431, de 03 de agosto de 1989, e 6.998, de 10 de janeiro de 1992. Com
Emendas n.ºs 01 , 02 e 03 e Substitutivo n.º 01. (Passagem Escolar)
PROC. N.º 1941/00 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 136/00, de autoria do Ver. Adeli Sell, que revoga a Lei nº 5.738, de 7 de janeiro de 1986, e
alterações posteriores, que regula, no Município de Porto Alegre, as atividades
dos guardadores e lavadores autônomos de veículos automotores.
PROC. N.º 0765/02 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 026/02, de autoria do Ver. Adeli Sell, que proíbe as rinhas de galo
e de cães no Município de Porto Alegre.
PROC. N.º 5139/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 213/04, de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que denomina Beco Casemiro Schmiedel o logradouro
não-cadastrado, conhecido como Beco Dois - Estrada São Caetano.
PROC. N.º 5311/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 225/04, de autoria dos
Vereadores Reginaldo Pujol e Isaac Ainhorn, que denomina Rua José Lamaison
Porto um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Rubem Berta.
(desarquivado pela Ver.ª Maristela Meneghetti)
PROC. N.º 5682/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 236/04, de autoria do
Vereador João Carlos Nedel, que denomina Rua São Josemaría Escrivá um
logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro Jardim do Salso.
PROC. N.º
5848/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 240/04, de autoria do Vereador
Raul Carrion, que denomina Terminal Rodoviário Jornalista Barbosa Lima Sobrinho
o Terminal Rodoviário Triângulo, localizado entre as Avenidas Assis Brasil, Baltazar
de Oliveira Garcia e Rua Joaquim Silveira.
PROC. N.º 3251/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 135/04, de autoria do
Vereador Ervino Besson, que denomina Praça Prof.ª Ângela Locatelli um
logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Guarujá.
PROC. N.º 5138/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 212/04, de autoria do
Vereador Haroldo de Souza, que denomina Beco José Imhoff o logradouro
não-cadastrado, conhecido como Beco Um - Estrada São Caetano.
PROC. N.º 5280/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO
N.º 220/04, de autoria do Ver.
João Carlos Nedel, que denomina Rua Nei Remedi um logradouro público
cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
PROC. N.º 5294/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 223/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua João Costi um logradouro público
cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
PROC. N.º 5882/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 244/04, de autoria do
Vereador João Carlos Nedel, que denomina Rua Sargento João de Castro um
logradouro não-cadastrado, conhecido como Rua D, localizado na região conhecida
como Chácara dos Bombeiros.
PROC. N.º 0430/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 019/05, de autoria do
Vereador João Carlos Nedel, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto
Alegre ao Senhor Nilton Juarez Albuquerque.
PROC. N.º
0495/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º 027/05, de autoria da Vereadora
Manuela, que dispõe sobre a exigência de reserva de vagas nos contratos
firmados entre o Município e as entidades prestadoras dos serviços de creches,
destinada às jovens mães carentes que estejam estudando.
PROC. N.º 2820/98 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 142/98, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que denomina Praça
Elízio Lima Quintans um logradouro irregular, localizado no Loteamento
Wenceslau Fontoura.(desarquivado pela Ver.ª Maristela Meneghetti)
PROC. N.º 2652/00 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 188/00, de autoria do Ver. Adeli Sell, que autoriza o Executivo
Municipal a implantar, nas creches e escolas da rede pública municipal, o
Programa Respire Bem.
PROC. N.º 2571/02 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR
DO LEGISLATIVO Nº 013/02, de autoria do Ver. Reginaldo
Pujol, que altera dispositivos da Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de
1999, e alterações posteriores (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
Ambiental de Porto Alegre).(desarquivado pela Ver.ª Maristela Meneghetti)
PROC. N.º 1253/03 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 031/03, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que denomina Praça Giacomo
Domenico Zaffari um logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro
Tristeza.(desarquivado pela Ver.ª Maristela Meneghetti)
PROC. N.º 5279/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 219/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Ernani Behs um logradouro público
não-cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
PROC. N.º 5870/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 249/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Alvaristo Rodrigues o logradouro
não-cadastrado, conhecido como Rua A 2, localizado na região conhecida como
Chácara dos Bombeiros.
PROC. N.º 5895/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 247/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua da Libertação um logradouro
não-cadastrado, localizado na região conhecida como Chácara dos Bombeiros.
PROC. N.º 5883/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 245/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Dona Ani um logradouro não-cadastrado,
localizado na região conhecida como Chácara dos Bombeiros.
PROC. N.º 5896/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 248/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Dona Valmira um logradouro
não-cadastrado, localizado na região conhecida como Chácara dos Bombeiros.
PROC. N.º 5969/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 250/04, de autoria dos
Vereadores Dr. Goulart e Reginaldo Pujol, que denomina Rua Dr. Alpheu
Maximiliano Rodrigues de Barcellos, o logradouro público não-cadastrado
localizado no Bairro Vila Nova.
PROC. N.º 0102/05 - PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 001/05, de autoria do Ver. Raul Carrion, que modifica a Lei Complementar n. 320,
de 02 de maio de 1994, e alterações posteriores, que dispõe sobre a denominação
de logradouros públicos, com nova redação ao § 3º do art. 2º e ao art. 4º.
proibindo que logradouros ou equipamentos públicos recebam a denominação de uma
mesma pessoa, data, fato histórico ou geográfico, bem como dar mesma
denominação a mais de um logradouro ou equipamento público, inclusive de
categorias diferentes, e acrescenta ao art. 5º a expressão “croqui, aero o
outro”, e ao art. 9º, a expressão “servidão, espaço e mirante”.
PROC. N.º 0623/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 031/04, de autoria da
Ver.ª Neuza Canabarro, que institui o Cadastro Permanente de Pessoas Portadoras
de Necessidades Especiais (CAPENE), para fins educacionais.
PROC. N.º 0697/05 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 035/04, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni, que institui o Dia da Prevenção à Morte Súbita no
Município de Porto Alegre, a ser realizado, anualmente, no dia 14 de agosto.
PROC. N.º 0701/05 - PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.º 004/05, de autoria do Ver. Newton Braga Rosa, que acrescenta art. 32-C à Lei
Complementar n. 07, de 07 de dezembro de 1973, e alterações posteriores, que
institui e disciplina os tributos de competência do Município, dispondo sobre o
destaque do valor do ISSQN nas Notas Fiscais de Serviços.
PROC. N.º 2973/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 084/04, de autoria do Ver.
Aldacir Oliboni, que cria o Título Honorífico e o Troféu “José Bertaso”, que
serão concedidos, anualmente, à pessoa física ou jurídica com notória atuação
na defesa e promoção da cultura rio-grandense e dá outras providências.
PROC. N.º 3836/04 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 099/04, de autoria do Ver.
Reginaldo Pujol, que concede o Título Honorífico de Líder Comunitária à Senhora
Eloah dos Santos Alves.
PROC. N.º 0099/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 039/05, de autoria do Ver.
Raul Carrion, que concede o prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues” ao Grupo
Temático Pedagógico Ponto Z.
PROC. N.º 0100/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 040/05, de autoria do Ver.
Raul Carrion, que concede o Prêmio Mérito Sindical ao Sindicato dos Músicos
Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul.
PROC. N.º 0103/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 041/05, de autoria do Ver.
Raul Carrion, que reserva o Salão Glênio Peres, a Avenida Cultural Clébio
Sória, o “T” Cultural Vereadora Tereza Franco, o Saguão do Salão Adel Carvalho,
o Saguão do Plenário Otávio Rocha e o Saguão do Correio da Câmara Municipal de
Porto Alegre, durante a Semana da Consciência Negra, para promoção de
atividades artístico-culturais relacionadas à etnia negra.
PROC. N.º 0117/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 046/05, de autoria do Ver.
Carlos Comassetto, que concede à Feira Ecológica da José Bonifácio o Prêmio
Ecologista do Ano José Lutzenberger.
PROC. N.º 0119/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 048/05, de autoria do Ver.
João Carlos Nedel, que concede Comenda Pedro Weingärtner à Senhora Dilva Inez
Camargo.
PROC. N.º 0129/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 049/05, de autoria do Ver.
Claudio Sebenelo, que concede o “Troféu Destaque Mário Quintana” ao Senhor
Milton Ferretti Jung.
PROC. N.º 0320/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 053/05, de autoria do Ver.
Aldacir Oliboni, que altera a Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e
alterações posteriores, (Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre), dando
nova redação ao § 1º e acrescentando §§ 3º, 4º, 5º e 6º ao art. 7º,
estabelecendo que a segunda sessão plenária de cada mês seja realizada nas
sedes de associações comunitárias, clubes ou salões paroquiais, cujo
agendamento será definido pela Mesa.
PROC. N.º 0672/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 054/05, de autoria do Ver.
Bernardino Vendruscolo, que institui, na Câmara Municipal de Porto Alegre, o
ano comemorativo do centenário do nascimento do Escritor Érico Veríssimo.
PROC. N.º 0727/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO
N.º 056/05, de autoria do Ver.
Adeli Sell, que concede o Prêmio Apito de Ouro ao Árbitro de Futebol Flávio
Fernando Abreu.
PROC. N.º 5296/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 224/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Antônia Zardin Perondi um logradouro
público cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
PROC. N.º 5319/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 226/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Jany Pasin um logradouro público
não-cadastrado, localizado no Loteamento Moradas da Hípica.
PROC. N.º 5322/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 227/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Ido Ernesto Günther um logradouro
público não-cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana.
PROC. N.º 5351/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 228/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Avenida Antônio Garcia da Costa um
logradouro público não-cadastrado, localizado no Bairro Hípica.
PROC. N.º 5842/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 239/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Jacob Edgar Horn um logradouro público
cadastrado, localizado no Bairro Vila Nova.
PROC. N.º 5856/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 242/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua José Fernando da Silva um logradouro
público não-cadastrado, conhecido como Rua A 1, localizado na região conhecida
como Chácara dos Bombeiros.
PROC. N.º 5865/04 - PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N.º 243/04, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua
Senhor Dario um logradouro não-cadastrado, localizado na região conhecida como
Chácara dos Bombeiros.
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir
a Pauta.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu
pretendo discutir o Projeto de Lei de nossa autoria que trata de uma questão
muito importante, da qual muitas vezes as pessoas querem fugir, mas é
impossível fugir dela; trata-se da regulamentação das atividades de
profissionais do sexo na cidade de Porto Alegre. Voltei a ler o Parecer da
Douta Procuradoria desta Casa, e, sendo um assunto de interesse local, tanto a
Carta Magna, nossa Constituição, quanto a Constituição do Estado do Rio Grande
do Sul colocam essa possibilidade nas mãos do Poder Público local, ou seja, da
municipalidade.
É um problema gravíssimo, porque
em cada canto desta Cidade nós ouvimos queixas, chamados nas comunidades,
notícias de jornal sobre os conflitos entre profissionais do sexo e
comunidades, mas, como esse é um assunto polêmico, um assunto que envolve
posicionamento moral, ético e religioso, comportamental, filosófico, muitas
pessoas não querem enfrentá-lo, porque é um tema desgastante, é um tema em que
sempre haverá pessoas claramente a favor, pessoas claramente contra, e há
aqueles que estão sempre prontos para fazer uma confusão e arrumar um furdunço.
Quando se levanta o tema, alguns já estão nos carimbando: “Liberal...”,
“Liberalidade...”, “É o fim do mundo, não se pode fazer isso!” Outros, o
sectarismo de sempre: “Sujeito de direita!”, “Quer controlar uma atividade que
é histórica na humanidade! Que é legal pela Constituição”! Mas é claro que é
legal pela Constituição! Ou seja, extremismos de um lado, de outro lado, e tudo
continua na mesma, ou seja, na bagunça generalizada.
Eu passei pela Secretaria
Municipal da Produção, Indústria e Comércio, onde me ative em algumas questões
de fiscalização e pude observar o drama que nós temos em alguns edifícios de
escritórios, seja no Centro, seja em bairros da Cidade, em que há atividade
concomitante de comércio, de moradia e, muitas vezes, da atividade de profissionais
do sexo.
O nosso Projeto tenta legislar
sobre as atividades localizadas, ou seja, em apartamentos, em escritórios,
salas, seja lá qual for a denominação, como queiram. Lembram as senhoras e os
senhores a discussão que era a Galeria do Rosário? Vê-se, por exemplo, no
jornal, muitas vezes, anúncio de serviço de massagista, massoterapia, uma
atividade que não tem nada a ver com a questão de profissionais do sexo, mas,
como é uma confusão generalizada na Cidade, uma hipocrisia, é para não deixar isso
de forma clara e explícita, numa publicidade de jornal, ou num folhetim que se
entrega. Então, essa confusão a favor de quê? A favor da balbúrdia, do
rufianismo, da exploração. O que nós queremos é que exista uma atividade
garantida pela Constituição, não é uma profissão regulamentada, é uma
atividade, ela existe, e nós queremos fazer com que o Poder Público Municipal,
que tem o poder de Polícia administrativa, tenha uma legislação, em Porto
Alegre, de vanguarda, de Primeiro Mundo, moderna, em que não se possa mais
vivenciar as cenas deprimentes que a gente vê em alguns bairros da Cidade: uma
briga constante entre as comunidades e as atividades das profissionais do sexo.
Já recebi uma carta no meu
gabinete me achincalhando, quero avisar que nada me faz mudar esse objetivo de
fazer uma lei para que se possa viver melhor na cidade de Porto Alegre! Não
venham com esse papo de que a minha proposição é autoritária; seja lá por causa
de algumas pessoas que não concordam, numa regulamentação, e nem o moralismo de
outro lado, ninguém vai me fazer sair dessa trilha de persistir no bem-estar
das nossas comunidades, no direito legítimo de as pessoas praticarem e terem
essa atividade, mas, por outro lado, nós queremos a paz, a harmonia, a
tranqüilidade para a população da nossa Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para
discutir a Pauta, por transposição de tempo com o Ver. Carlos Comassetto.
O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Elói Guimarães,
demais Vereadores; Vereadoras, especialmente; todos os que nos assistem. Hoje é
véspera do dia 8 de março, no dia de amanhã teremos uma Sessão importante, e a
nossa Líder representará o PCdoB, para deixar aqui o nosso abraço carinhoso
pelo Dia Internacional da Mulher, dia de luta, dia de história, dia de
conquista. Então, um grande abraço meu, pessoal, a todas as Vereadoras,
funcionárias e aqueles que nos assistem.
Nós queríamos,
no dia de hoje, tratar de três Projetos que estão na Pauta, sendo que dois
deles são de minha autoria. O PR nº 040/05 concede o Prêmio Mérito Sindical ao
Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul. Esse
Sindicato, Verª Neuza, completou, no dia 31 de janeiro, 85 anos de existência.
Portanto, Ver. Ibsen, é uma das mais antigas entidades sindicais do Rio Grande
do Sul. Constituiu-se nos altos da Galeria do Café Colombo e, naquela ocasião,
foi fundado com a denominação de Centro Musical Porto-Alegrense; em 1941, no
dia 5 de dezembro, recebeu a Carta Sindical como Sindicato dos Músicos
Profissionais de Porto Alegre. Hoje é uma entidade dinâmica em todo o Estado,
com milhares de associados; tem por Presidente o Sr. Adair Batista Antunes, que
já foi jornalista também, além de músico, e tem uma longa trajetória de
serviços para a sociedade.
Na verdade, o Sindicato
representa milhares de músicos. Muitas vezes se fala em músico e se pensa -
ex-Vereador José Valdir, aqui presente - nos grandes artistas da mídia, mas não
existiria a atividade musical nem os grandes artistas se não fosse o trabalho
cotidiano, diuturno dos músicos que estão em todos os espaços, alegrando,
trazendo vida, defendendo a nossa cultura. Eles são o símbolo da resistência
cultural do povo brasileiro. Em suas letras, falam da favela, da periferia, da
culinária, dos amores e desamores, dos nossos costumes, dos nossos times, da
falta de dinheiro e tudo mais. Aliás, o saudoso operário do samba, o João
Nogueira, dizia em plena ditadura: “Canto para denunciar o açoite. Canto também
contra a tirania, canto porque, numa melodia, acendo no coração do povo a
esperança de um mundo novo e a luta para se viver em paz.” É a homenagem que eu
espero que esta Casa conceda a essa importante entidade sindical.
Queria também referir o Prêmio
Lupicínio Rodrigues que estamos concedendo ao Grupo Temático Pedagógico Ponto
Z, do nosso amigo Pernambuco, acho que conhecido de todos, em que vem sendo
feito um trabalho excepcional, tomando, principalmente, a temática do povo
negro. Foi idealizado, como já disse, por Valdemar Moura Lima, o Pernambuco,
que já teve os maiores elogios da Secretaria de Educação do Estado. Quando
esteve aqui o Presidente da Fundação Cultural Palmares, o Professor Ubiratan,
ele se propôs a fazer um CD, lançando o trabalho, uma pesquisa, Ver. Elói Guimarães,
da luta do povo negro, da senzala. Possui letras extremamente criativas e
educativas, com uma nova metodologia e assim por diante. Então, esperamos
também que esta Casa dê o apoio a esse Prêmio.
Por fim, o tempo se escoa, mas eu
queria, pelo menos, referir-me ao Projeto da Verª Manuela que trata da reserva
de vagas nos contratos de creches do Município, dando prioridade, destinando
uma parcela de 30% dessas verbas para as jovens mães carentes, chefes de
família, às adolescentes que já têm filhos. Creio que voltaremos a discutir, na
Semana da Mulher; é uma iniciativa extremamente importante, por isso parabenizo
a Verª Manuela por essa iniciativa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. JOSÉ ISMAEL
HEINEN: Sr. Presidente, quero fazer um convite à Casa. Em
nome do Sindilojas, informamos que, amanhã, às 9 horas, na Esquina Democrática,
haverá um ato público, uma vez que esta Casa votou uma Moção de Repúdio à
Medida Provisória nº 232. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Registrado, nobre Vereador.
A Verª Margarete Moraes está com
a palavra para discutir a Pauta.
A SRA. MARGARETE
MORAES: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, todas as pessoas que nos assistem pelo Canal da TVCâmara, eu ocupo
esta tribuna, em discussão preliminar de Pauta, para defender e justificar um
Projeto de minha autoria. O PLL nº 025/05 veda a afixação de propaganda ou
publicidade nos locais que menciona, que prejudique a estética urbana ou
contravenha a posturas municipais ou a qualquer restrição de direito, exceto
àquelas destinadas à promoção de eventos de âmbito cultural, como Bienal,
exposições, feiras, respeitada a legislação municipal relativa ao tema.
Eu acredito que seja pressuposto
de qualquer gestor público, de todos os Parlamentares, independendo da sua
ideologia, defender os programas, as suas visões de mundo, as suas visões de
como gerir, de como administrar a coisa pública, e essas diferenças são
legítimas e nos trouxeram aqui, de acordo com as nossas visões. Mas eu creio
que algo supera essa política, essa partidarização, que é o amor que cada um de
nós, Vereadores e Vereadoras, Deputados e Deputadas, temos pela nossa Cidade,
pelo nosso Estado e pelo nosso País. E nós sabemos que quem ama quer conhecer a
fundo cada nicho da nossa Cidade, cada canto, quem ama reconhece as legítimas
demandas e conquistas da nossa Cidade. E nós queremos - eu estou sempre
observando isso, desde antes, como agora - a nossa Cidade limpa, bonita,
operosa, uma Cidade que cuida da sua estética, que cuida do seu espaço urbano,
que tem obras de artes referenciais que funcionam como um marco, como é o caso
de obras anteriores da Administração Popular: do Xico Stockinger, na Praça do
Colégio Rosário; da Maria Tomaselli, que foi por meio de um concurso da SMC, lá
na orla do Guaíba; as obras da Bienal, que foram colocadas no Marinha do
Brasil; no viaduto Mendes Ribeiro, na Av. Protásio com a Av. Carlos Gomes, há a
obra do artista plástico Danúbio Gonçalves.
E, quando nós pensamos na Cidade
e na nossa vida, pensamos na poluição ambiental, na poluição do ar pela
fuligem, pela fumaça dos carros; na poluição das águas - isso é um verdadeiro
escândalo - do arroio Dilúvio, do lago Guaíba. Nós nunca pensamos na poluição
visual, na questão estética, e essa poluição visual também acarreta confusão
nas pessoas em relação à sinalização, que é fundamental. É por isso que eu hoje
estou aqui propondo um novo código, um pacto proposto e aprovado pelos
Vereadores. O Ver. Haroldo de Souza já teve essa idéia - eu quero conversar com
ele -, e nós queremos fundir num só Projeto, se for possível, de proibição da
utilização do plástico principalmente nas épocas de eleições.
Eu quero dizer que eu coloquei banners
nos postes quando concorri, mas isso não significa que nós não possamos rever
essa posição, porque, de um lado, traz poluição para a Cidade, é muito feio,
suja a cidade de Porto Alegre; e, por outro lado, não é democrático, porque
quem tem maior poder econômico vai colocar os seus banners em todos os
postes da Cidade. Creio que estou trazendo uma discussão que, evidentemente,
deverá merecer proposições, sugestões dos Vereadores desta Casa, para que, nas
próximas eleições, a gente consiga ter uma Cidade muito melhor e muito menos
poluída. Estou trazendo essa idéia, junto com o Ver. Haroldo, como uma
instigação a todos os Vereadores - eu me lembro de que ele falava muito nessa
questão, ele não colocou esses materiais na sua campanha -, como uma reflexão
para todos nós, para quem colocou esse tipo de material e acha que é poluidor,
que não é bom para ninguém.
É esse, sinteticamente, o sentido
desse Projeto; é no sentido de propor novas regras que protejam o patrimônio
cultural, que protejam os espaços que são importantes na nossa Cidade, para que
todos possamos opinar sobre isso. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; prezados
colegas Vereadores e Vereadoras desta Casa, prezado público que nos ouve, na
nossa discussão dos Projetos da Ordem do Dia, eu quero continuar a discussão a
respeito dos Projetos vinculados aos temas estruturadores e aos temas que
compõem e constroem a política desta Cidade. Existem dois Projetos: um, que
votaremos ainda hoje, é de autoria do Ver. Oliboni, e outro é de autoria do
Ver. Haroldo de Souza, que trata do tema saúde. Um é relacionado às escolas, o
outro é relacionado à instalação e manutenção de aparelho desfibrilador nos
locais de maior intensidade de fluxo de pessoas.
Para nós discutirmos saúde,
obrigatoriamente temos de entendê-la e discuti-la estruturalmente. Eu tive,
sim, a coragem de vir a esta tribuna para trazer uma postura de diagnóstico da
realidade da área da Saúde em que vivemos. Estamos querendo contribuir e trazer
o debate para cá com os diversos Pares. Fui profundamente criticado por essa
postura. Eu aceito qualquer crítica, se for em cima do meu conteúdo, mas não
posso aceitar, Ver. João Dib, qualquer postura sob o ponto de vista de desabono
de ordem pessoal, Ver. Sebastião Melo.
Dizendo isso, hoje foi
distribuída, durante a Sessão Ordinária, cópia de todos os repasses do Governo
Federal para o Município de Porto Alegre referentes à Saúde. Por que falo isso,
Ver. Haroldo? Se não tivermos recursos, não podemos pensar em querer discutir e
ampliar. E a União participa com 64% para a verba da Saúde para o Município de
Porto Alegre, o Município participa com 32% para a verba de Saúde, e o Estado
participa com 2%. Eu quero discutir aqui, Ver. Haroldo e Ver. Sebastião Melo,
qual é a participação, sim, do seu Governo na aprovação dos novos Projetos e
dos recursos para a Saúde. E, sobre esse documento que foi distribuído hoje,
com os diversos repasses - são 600 milhões repassados para o Município -, a
minha pergunta é: será que os Projetos aqui apresentados para aprovarmos se
encaixam nessa verba, ou não se encaixam? De onde tiraremos recursos, tanto
para um como para outro? Diante disso, a Saúde não está desvinculada dos demais
temas, Verª Neuza Canabarro - seu Projeto sobre o ponto de vista das áreas de
segurança para as escolas -, e creio que não há contrariedade no sentido de que
devemos discutir, analisar e tratar esse assunto.
Dizendo isso, reafirmo aqui mais
uma questão complicada: a segurança. Este final de semana foi morta uma criança
na Restinga por uma bala perdida. O que significa isso? Significa que a
delinqüência está assumindo uma relação com a sociedade. Então, o seu Projeto,
obviamente, tem de ser discutido, mas devemos discutir política pública. E quem
é o responsável pela política pública em Porto Alegre se não o Governo do
Estado? Como iremos discutir o seu Projeto com qualidade e profundidade se não
tivermos essa relação e essa coerência de analisar a conjuntura como um todo?
Além disso, temos alguns outros
Projetos que são de suma importância para a Cidade, e aqui vou me referir ao
Projeto de Lei nº 163/04, do agora Deputado Reginaldo Pujol, que trata o
Projeto de Habitação Popular. Nesta tribuna discutíamos, sexta-feira, na
CUTHAB, quais são as políticas que temos de qualificar. O Ver. Ismael, Ver.
Mario Fraga, Ver. Brasinha - sob a coordenação Ver. Carrion -, discutiam que
precisamos ampliar e qualificar as políticas sobre habitação popular em Porto
Alegre, que é uma realidade. Agora, o Projeto do Vereador, assinado pela colega
Maristela Meneghetti, aponta e orienta para diminuir os recursos sob o ponto de
vista de subsídio para quem aplica na habitação popular. Temos que discutir com
profundidade; não adianta querermos cortar Receita se queremos melhorar a
qualidade dos projetos.
Diante disso, nós propomos este
ano o Prêmio de Ciência e Tecnologia ao Professor Miguel Sattler, que coordena
o Centro de Tecnologias Alternativas para Habitação Popular para o Rio Grande
do Sul. Tecnologias estas que nós precisamos aqui implementar, precisamos aqui
traduzi-las em políticas que se tornem realidade. Portanto, esse tema da
habitação está diretamente relacionado ao tema segurança; é um tema que está
diretamente relacionado ao tema saúde; é um tema que está diretamente
relacionado com a visão do desenvolvimento econômico da Cidade.
Sr. Presidente, essa é a
contribuição que trago. Quero dizer, para concluir, que recebo, sim, quaisquer
críticas, mas que não sejam de ordem pessoal, que sejam sobre o conteúdo que eu
venho apresentar aqui, Ver. Braz, Ver. Sebenelo, Ver. Mário Fraga e Ver.
Sebastião. Esta é uma posição - quero discutir conteúdos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLAUDIO
SEBENELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu gosto muito do
mote do Ver. Carlos Comassetto, mas não posso chamá-lo no coletivo, porque ele
é um indivíduo, fica difícil não falar em questões de ordem pessoal quando é um
Vereador com um nome e uma proposta. Então, aceitamos a proposta. O seu
Partido, o Partido dos Trabalhadores, durante dezesseis anos, cometeu uma
Administração; e esse cometimento é genericamente hoje reconhecido como um dos
maiores fracassos na área Social, essa mesma área que V. Exª diz que está
relacionada com a área da moradia e com a área da Saúde, pois, em relação a
essa questão da moradia, faltam cinqüenta mil casas na cidade de Porto Alegre,
apesar de, em dezesseis anos, serem oferecidas cinco mil moradias. Que bom! Mas
quanta insuficiência numa oferta só.
Na área da Saúde, instalou-se o
caos na cidade de Porto Alegre. Esse caos, Vereador, do qual talvez V. Exª não
tenha conhecimento nesses dezesseis anos, tem este Vereador que lhe fala como
testemunha não só ocular mas participativa, apesar do adjetivo ser um pouco
indigesto, participação direta nas emergências de Porto Alegre, nas UTIs, nas
recuperações, em que a monstruosidade do sistema aparece nua e com as suas
vísceras completamente expostas pela incompetência e principalmente pela
arrogância dos poderosos, submetendo uma população a um sistema constrangedor,
a um sistema que foi chamado, com muita propriedade, de “navio negreiro”.
Hoje nós recebemos essa herança.
E não queira V. Exª que em sessenta dias se cometa um milagre, corrigindo o que
em dezesseis anos não foi corrigido - não só as filas, não só as esperas, as
longas e dolorosas e insuportáveis esperas, mas a arrogância da indiferença. E o
que é pior: o pior cego é aquele que não quer ver. O Partido dos Trabalhadores
fechou os olhos para o social, para a Saúde, para a Educação, para essa
pré-escola vergonhosa que hoje estamos herdando, para essa fábrica insuportável
de delinqüência e de desesperança que abriga cada um daqueles que fica alojado
numa cela de uma FEBEM ou de uma prisão. E isso nós fabricamos aos magotes, nós
fabricamos em condições industriais, em proporções logarítmicas.
É isto, Vereador: que V. Exª
perca um pouco do não-conhecimento, do não saber o porquê dessas três últimas
fragorosas derrotas, que veja a distância imensa que existe - e eu falo em
planos, e eu falo em política, eu não falo na pessoa física, como V. Exª deseja
- e saiba por que um Partido com uma legião imensa de seguidores não conseguiu
derrotar uma nova proposta de mudança.
Agora mesmo começa a se aperceber
da grande falácia, da monstruosa mentira que foi apregoada e, principalmente,
de uma realidade que muito brevemente será exposta à população de Porto Alegre,
de um levantamento em todas as Secretarias. E a distância imensa, a distância
incomensurável, a distância galáctica, a distância amazônica entre o que foi
dito e o que se fez.
Vejam o aumento constrangedor do
número de favelas em Porto Alegre, esse aumento insuportável de crianças
necessitando de creches e não tendo e, principalmente, os sistemas sem serem
revisados, na Educação, mas, principalmente, na área da Saúde. Quem tem uma
pessoa da família - a sua retirada é estratégica, Vereador - nessas circunstâncias
sabe muito bem do que nós estamos falando, sabe que essa é uma dor social
insuportável, para a qual foi tomada a pior atitude que existe, a atitude da
indiferença, dos olhos fechados e, o que é pior, do virar as costas.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): A Verª Manuela d’Ávila está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. MANUELA
D’ÁVILA: Exmo Sr. Presidente, Ver. Elói
Guimarães; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, pessoas que nos
assistem pela TVCâmara, infelizmente, no dia de hoje, véspera do Dia
Internacional da Mulher, faço uso desta tribuna para compartilhar com todos uma
notícia a qual todo o movimento progressista do nosso continente lastima muito:
a morte da nossa camarada de luta Gladys Marín, Presidenta do Partido Comunista
do Chile. Eu gostaria de compartilhar isso com vocês, porque falar do movimento
comunista do nosso continente, de mulheres que se destacaram na luta pela
igualdade de direitos, superando não só a desigualdade de gênero, mas, sobretudo,
a desigualdade social, é falar, é pensar e agora é lembrar de Gladys Marín.
Gladys Marín nasceu no dia 16 de
julho de 1941 em Curepto, no Chile. Teve a notícia da sua morte previamente
anunciada 17 meses atrás quando os médicos do seu país, o Chile, lhe davam
apenas dois meses de vida em decorrência de um tumor cerebral que essa nobre
guerreira apresentou. Contrariando as opiniões dos médicos, Gladys foi a Cuba
para ser tratada com uma das mais altas tecnologias para o tratamento de
tumores no cérebro e no pescoço, com remédios que são chamados biotecnológicos,
e prolongou a sua existência por 17 meses.
Gladys morou no interior do
Chile, em Curepto, até os 12 anos de idade, quando foi a Santiago estudar para
ser professora, Verª Neuza, e, encantada, deslumbrada com a condição de poder
ensinar os outros, de poder aprender e, constantemente aprendendo, ensinar os
outros, Gladys despertou o seu interesse pela militância, ainda adolescente,
participando da Federação dos Estudantes Normalistas do Chile.
Em 1958, com 17 anos, ingressou
não só no Partido Comunista Chileno, mas passou a ser a Presidenta da Federação
de Estudantes daquele país, sendo, naquela situação, a primeira mulher a ocupar
a cadeira de presidente de uma entidade estudantil do nosso continente. Nesse
mesmo momento, integrou pioneiramente, também, a Comissão Feminista da
Juventude Comunista do Chile.
Em 1963, passou a comandar o
Comando Juvenil Salvador Allende, dedicado a construir praças, parques
esportivos, lugares de recreação e de lazer para a juventude daquele país. Em
1963 - e a história da Gladys Marín me encanta, porque vejo a atualidade da
luta da nossa juventude revestida na sua figura emblemática -, ao se tornar
Presidente da Juventude Comunista do Chile, passou a tratar da principal pauta
dos meus dias, dos nossos dias, a pauta de reforma universitária nas
universidades latino-americanas, antigamente estabelecida, quando da reforma de
Córdoba, trazida, então, ao Chile, e à tona por essa nobre mulher.
Em 1965, com 24 anos, Gladys
Marín se tornou a Deputada mais jovem da história do Parlamento chileno, tendo
o seu mandato interrompido no ano de 1973 pelo golpe cruel e sanguinário de
Augusto Pinochet, mas Gladys, mesmo no exílio, voltou a trabalhar com a questão
da educação no nosso continente, tendo voltado ao Chile em 1984 como Presidenta
daquele Partido - Partido Comunista do Chile -, cargo que ocupou até o dia de
sua morte, na noite de ontem, quando o mundo e os progressistas fizeram,
refletiram e transformaram o seu silêncio, a sua homenagem, na convicção de que
as mulheres têm o seu lugar, exercem o seu papel, e mais, lutam até a morte,
como disse Gladys, para manter a nossa sociedade, a nossa vida e transformá-la
numa sociedade onde o homem e a mulher possam ser diferentes mas não desiguais.
Para concluir, quando condecorada
com a Ordem José Martí, já doente, em Cuba, a mais alta ordem de menção honrosa
que a presidência de Cuba dá, Gladys colocou (Lê.): “Em minha vida há amores,
pessoas, idéias que amei e que amo, aos quais dedico meus dias e meus passos”.
Com a certeza de que Gladys Marín está presente hoje e sempre, eu agradeço a
todos vocês.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, assistência da TVCâmara, a nossa saudação. Eu diria, Ver. Sebenelo:
“Devagar com o andor, porque o santo é de barro”. Problemas na Saúde houve, há
e sempre vai haver; vamos ser realistas. Quanto melhor for o sistema, maior a
tendência de ele ter problemas. Por que isso? Porque mais pessoas vão migrar
dos planos privados para os planos públicos. Isso necessariamente não é um mau
sinal, faz parte do sistema. E as demandas represadas são enormes, elas não são
de dezesseis anos, não são de quatro, não são de dois anos. O que nós não
podemos é, a partir dos acúmulos... Eu estou falando isso em função do Projeto
do Ver. Aldacir Oliboni sobre a questão dos ressuscitadores, do Projeto que resgata
as questões de medidas para proteger a saúde do nosso povo. São questões
importantes com as quais nós devemos nos preocupar como um todo.
Vou relatar um caso que indica a
necessidade da atenção de todos nós. Há poucos dias, eu estava numa reunião na
Rua Inácio Montanha; eram 18h50min, quando ouvimos...
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Ver. Carlos Todeschini, lembro a V. Exª que nós
estamos em Pauta, e há um rol de Projetos sobre os quais V. Exª pode falar.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sim, este é um deles, um Projeto relacionado à
saúde, e há outros também que vou resgatar. Porque é um assunto que tem de ser
trazido aqui. Uma senhora foi atropelada em cima da calçada, ficou prensada
entre o carro e a parede. Os colegas removeram o automóvel, e a pessoa ficou
estendida no chão com as pernas quebradas. Nós chamamos o 192, que é o serviço
do SAMU, às 18h50min. E essa senhora que foi atropelada, coincidentemente, era
uma médica. Na hora ela tinha um cachorrinho no colo, e ficaram estendidos no
chão tanto ela como o cachorro. Pois chegou o socorro da Polícia, chegaram os
“azuizinhos”, chegou a clínica veterinária, e só às 19h30min chegou o SAMU,
foram trinta minutos de deslocamento do Pronto Socorro - oito quadras
precisamente - até aquele local, eu estava cronometrando. E todo o mundo numa
aflição muito grande.
Casualmente a pessoa atingida era
uma médica. Vejam, V. Exas., o grau do problema e as dificuldades; e isso é um
fato da vida, um fato concreto. Se a pessoa necessitasse de uma ação
emergencial, como no caso de um acidente cardiovascular, um acidente desse
tipo, talvez não tivesse sobrevivido.
Então, nós estamos discutindo o
Veto sobre um Projeto que é importante, que logo entrará também em discussão.
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Para esclarecer V. Exª, nobre Vereador, os Projetos
são os que constam da Pauta, e o Projeto do desfibrilador está na Ordem do Dia.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Obrigado, Presidente.
Também estamos apresentando um Projeto de Resolução que tem como finalidade conceder o Título Honorífico de Líder Comunitária à Srª Geni Pinto Machado. Farei uma breve trajetória dessa grande e valorosa liderança comunitária.
Ela é moradora do bairro Chapéu
do Sol, no extremo Sul da nossa Capital, desde o seu nascimento, há 71 anos. No
ano de 1986, começou o trabalho comunitário, de forma espontânea, cuidando de
crianças e idosos em sua residência e também nas casas da comunidade. Chás eram
realizados para arrecadar recursos para promover o Natal das crianças carentes.
Após vários anos de batalhas, surge a Associação dos Moradores do Bairro, que
foi fundada no dia 26-01-93, em que ela foi eleita presidenta, retornando
novamente em 1996 e atualmente, desde 2002.
Dona Geni, como é conhecida,
participa do Orçamento Participativo desde a implantação, em 1990. Foi
conselheira do OP pela Região Extremo Sul, primeiramente em 1992 e retornou
diversas vezes, ora como suplente, ora como titular. Atualmente é Conselheira
Tutelar da sua região. Por tudo isso, nós acreditamos que Dona Geni é merecedora
desse Título em virtude dos serviços prestados à comunidade. Obrigado Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA
MAFFEI: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, senhoras e senhores, em um tempo em que a grande maioria dos
Vereadores da situação vem para esta tribuna falar de uma terra arrasada, a
qual não se sabe onde fica, porque não é, com certeza, Porto Alegre, apesar de
seus problemas, nós temos a consciência tranqüila de termos trazido para a
população de Porto Alegre - e junto com a população de Porto Alegre - a
construção de um novo momento histórico, no sentido da humanização e da
participação.
Eu quero me referir, em especial,
a algo em que nós avançamos - e queremos continuar avançando cada vez mais -,
que são as questões das políticas afirmativas em relação às mulheres. Nós, do
Partido dos Trabalhadores - e metade de nossa Bancada é formada por mulheres,
50% são mulheres -, desde 1995, incorporamos as políticas de cotas. E hoje
existe a lei que diz respeito a todos os Partidos, a questão dos 30%, não
apenas na lista para concorrer, mas também nas direções partidárias, o que eu
acho que deve ser uma afirmação para todos, como um exemplo de que as mulheres
também têm o seu espaço e que, quando nós queremos falar, queremos o apoio,
sim, dos companheiros homens. Queremos estar não apenas na luta pelos
instrumentos, queremos estar nas direções desses instrumentos e, além de termos
um olhar feminista, termos também um olhar feminino.
Um quarto da Câmara de Vereadores
- vejam o quanto é importante, independente da questão ideológica é um grande
avanço - é de mulheres que representam a sua base, a base de sustentação do seu
Partido. Isso é muito importante e traz um traço significativo de quanto o
trabalho que nós desenvolvemos nas nossas instâncias, para nossa Cidade, para
sociedade, pode fazer avançar essas políticas. A nossa primeira Presidenta da
Câmara Municipal de Porto Alegre na história da Câmara de Porto Alegre é a
Vereadora e companheira Margarete Moraes, que nos orgulha muito - além de ser
do nosso Partido -, que, com certeza, fez um diferencial, pois a Casa, como um
conjunto, teve a sensibilidade de apoiar essa proposta.
Foram três os programas
fundamentais, na nossa Cidade, implementados pelas políticas públicas: a
questão do combate à violência, a questão do Programa Saúde da Mulher e a
questão de geração e renda - a inclusão real das mulheres mais excluídas, dando
visibilidade às nossas lutas, incluindo-as não apenas como índices em livros,
mas, sim, como protagonistas dessa história tão importante para o futuro da
humanidade. Houve Projetos como o que foi desenvolvido pela Secretaria que a
Verª Helena Bonumá esteve à frente, dos Direito Humanos, como o Projeto Cidade
da Mulher, que é uma parceria de integração de políticas públicas entre
Município, Estado e Governo Federal; Projetos como o do Ver. Zé Valdir, que
criou uma lei nesta Casa, a qual foi colocada em prática, como a questão da
primeira casa de abrigagem para mulheres vítimas de violência, a Casa Viva
Maria; Projetos como o que a Verª Clênia Maranhão desenvolveu nesta Casa, que
trata especificamente da questão de cotas de mulheres, chefes de família, de
estarem à frente e terem uma garantia estabelecida por uma cota, para que essas
mulheres tenham também o seu espaço reservado dentro das políticas
habitacionais - até porque nós sabemos a respeito do percentual de mulheres
chefes de família no nosso País, e não seria diferente aqui em nossa Cidade -,
proposta que foi implementada pela Frente Popular, enquanto desenvolvemos essas
políticas afirmativas, durante os dezesseis anos aqui em Porto Alegre.
O que nós queremos é dizer que
não reconhecer as questões que seguem - reconhecer trata-se de uma obrigação
política de todos nós - é, sim, uma cegueira, é, sim, a “bela” ou o “belo
adormecido” que não quer ver o reconhecimento dessas políticas afirmativas.
Isso é injusto, isso é uma inverdade, é desleal com a Cidade, com a capacidade
de pensar das pessoas - todo ser humano tem possibilidade de pensar - e faz com
que não cresça um conceito em relação a nossa postura, aqui, enquanto
formadores de opinião. Isso não pode entrar numa plataforma de discussão ou de
apreciação daquilo que não é apenas um discurso, mas daquilo que a gente pode
ver na prática; basta visitar e querer saber o que realmente existe. Muito
obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. BERNARDINO
VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, venho a esta tribuna não para contrapor o que
disse o Ver. Ervino Besson quanto ao sistema de cooperativas, tendo em vista
que há vários tipos de cooperativas, sendo que eu mesmo sou ex-Presidente de
uma cooperativa habitacional. O primeiro imóvel que adquiri foi através do
sistema de cooperativa habitacional. Então, posso dizer que sou um
cooperativista.
Ocorre, caro Ver. Ervino Besson,
que aqui em Porto Alegre - eu presto trabalho na área de administração de
condomínios - as cooperativas de serviço se proliferaram tanto que passaram a
fazer uma concorrência desleal com as empresas devidamente constituídas. Por
que eu digo devidamente constituídas? Porque a maioria das cooperativas
prestadoras de serviços não é devidamente constituída. Os seus cooperativados,
na sua grande maioria, não conhecem os seus direitos, não sabem que podem
eleger o presidente, que poderão um dia ser presidente da cooperativa. Os
cooperativados, na área de prestação de serviços, mais precisamente no serviço
de portaria dos condomínios... Se chegares um dia e perguntares a algum deles:
“Qual é o seu patrão? Qual é o dono da cooperativa?”, ele vai te responder. Na
sua grande maioria, essas pessoas não têm noção do que é cooperativa de
serviço, dos seus direitos e dos seus deveres. Na maioria das vezes, os
cooperativados acabam levando os condomínios para reclamatórias trabalhistas,
indo buscar na Justiça do Trabalho seus direitos, porque na cooperativa são
mal-contratados, mal-orientados, são tratados como empregados, não como
cooperativados.
As cooperativas de serviço hoje,
mais precisamente as que prestam serviços de segurança nas portarias dos
condomínios, têm, sim, incentivos. No caso do INSS, enquanto uma empresa retém
11% na própria nota fiscal, na cooperativa não se faz retenção nenhuma do INSS,
sendo pagos 15% quando do recolhimento dos encargos ao INSS.
Acho que esta Casa deveria criar
uma Comissão para debatermos isso com mais profundidade, porque a idéia da
cooperativa em si é boa, a sua finalidade é séria. Agora, muitas empresas
prestadoras de serviço que estão falidas no mercado, cujos diretores criam
cooperativas, seguem prestando serviços de forma totalmente irregular. O
caminho seria criarmos uma Comissão que pudesse estudar com mais profundidade
isso, porque há, sim, uma concorrência desleal - e falo no meu caso -, pois os
condomínios estão pagando duas vezes, pagam a cooperativa e ali adiante terão
de pagar na Justiça do Trabalho, pois aquele cooperativado não atende as
mínimas condições exigidas pelo sistema de cooperativa. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Paulo Odone está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PAULO ODONE: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, ocupo a
tribuna usando a Comunicação de Líder do meu Partido, primeiro, para me
associar às homenagens ao Dia da Mulher. E o faço com duplo orgulho: como
Vereador que deve reconhecimento às mulheres da nossa Cidade e, também, pelo
meu Grêmio Porto-Alegrense. Ver. Comassetto, já ontem comecei a prestar a minha
homenagem dando ingresso gratuito a todas as mulheres desta Cidade, e mais de
três mil delas corresponderam e tiveram acesso gratuito ao Estádio Olímpico.
Eu quero enfocar duas coisas. A
primeira é o posicionamento do nosso Prefeito e desta gestão em relação aos
temas que têm sido trazidos aqui; por exemplo, o polêmico tema da Saúde, e não
podemos dizer que não houve problemas na Saúde; houve e gravíssimos. Todo mundo
sabe sobre o drama que a Saúde vive e a insuficiência de recursos do SUS. Se o
PT esteve por dezesseis anos na administração, pôde provar isso na carne, e o
legado é de quem não conseguiu resolver o problema. A nova gestão encontrou
esse estado de coisas e, em três meses, também não poderia resolvê-lo. Se vamos
ser um pouco mais objetivos, vamos concordar também que provavelmente não
iremos resolvê-lo nos próximos quatro anos ainda. Porque o problema da Saúde é
algo que desafia a sociedade brasileira no seu todo, ao Governo Federal, ao
Governo Estadual, ao nosso Governo Municipal. Cabe a nós, sim, ter a
sensibilidade de, cada vez mais, construir em torno disso.
Se fôssemos debater a questão
fundamental desse assunto, quem sabe poderíamos retomar um grande discurso que
criticava um posicionamento neoliberal da nossa economia, que poupava para
fazer um superávit primário, quando deveria gastar essa verba para alimentar os
grandes juros internacionais, deixando de aplicar mais na Saúde, na Educação e
nas questões sociais. Então, à matéria se permite uma indagação, inclusive com
profundidade.
De parte do nosso Prefeito, eu
posso atestar aos senhores que a posição continua a ser aquela que a sociedade
escolheu nas urnas, no final do ano passado: “Manter o que está bom e mudar o
que está mal”. E essa tem sido a conduta do Prefeito Fogaça, não
necessariamente atirar pedra no passado, mas exatamente tentar construir o
futuro. Essa é a posição dele, e essa será a posição desta gestão. Por isso, eu
me alinho também às posições do Ver. Ibsen Pinheiro. Eu gostaria que se
discutisse um pouco menos a questão do Iraque, do Líbano, embora não queira que
ninguém esteja aqui alienado das questões do mundo, mas que focássemos um pouco
mais a nossa Cidade, a cidadania e o espaço onde ela se exercita, que é o do
nosso Município.
E aqui eu vou convidar os nossos
Vereadores para que esta Casa passe a debater amplamente, passe até a cobrar -
por que não? - do Sr. Prefeito, que se coloque para trabalhar amplamente nisso,
em torno, por exemplo, da revitalização do nosso Centro da Cidade. Se V. Exas
olharem esse polígono que passa pela Av.Mauá, Av. Perimetral, passa pela
Rodoviária, passa pela Usina do Gasômetro, verão um espaço riquíssimo em função
da arquitetura, da história, da carga cultural e até do lazer, no entanto, nós
o vemos degradado nos últimos anos. E a recuperação disso é um desafio forte e
deverá ser feita, sim, com o trabalho do Executivo e com o trabalho desta Casa
também.
O Cais do Porto e a sua renovação
com um Projeto já existente, readaptado, modernizado, tem de ser implantado; o
Shopping dos Camelôs, shopping popular, é um compromisso desta Gestão, e esta
Casa tem de se comprometer com essa idéia. Cito os Projetos dos Governos
Federal, Estadual e Municipal, que têm que ser interligados com o Projeto
Monumenta, de recuperação de prédios históricos; os eventos de lazer que nós
temos e que não se completam por falta da acessibilidade; a orla do Guaíba, que
começa no cais do Navegantes e termina em Ipanema, que tem que ter o seu
projeto inteiro para que seja recuperada, para que seja devolvido o rio à sua
Cidade. Essa, sim, é a missão, a ótica, o projeto do Governo, do Executivo e
também desta Casa.
Quando quiserem debater isso e
avançarmos, sou parceiro, sou companheiro e acho que deve ser um compromisso de
nós todos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
Então, temos que fazer essa
discussão. Já que se falou que temos de discutir, vamos discutir, sim, o
Caminho dos Parques, a sua manutenção, suas alterações. Se for o caso, vamos
fazer a discussão de ciclovias em Porto Alegre, a questão da própria Av.
Beira-Rio, que, uma noite por semana, depois das 23 horas, é fechada para que
os ciclistas possam fazer as suas corridas, mas, como ela é ampla, talvez fosse
possível deixar um espaço de um metro em toda a extensão, desde a Usina do
Gasômetro até o Iberê Camargo, para que os nossos ciclistas possam ter um
espaço próprio para o seu caminho. Já foi votada aqui nesta Casa a questão da ciclovia,
não houve um plano diretor para as ciclovias. Já se falou uma vez de fazer uma
ciclovia em cima do próprio arroio Dilúvio, que poderia ir até a Av. Cristiano
Fischer, que seria um ótimo espaço também, ou utilizar as duas margens para que
os ciclistas pudessem fazer as suas corridas de bicicletas.
Então, eu estou propondo que
possamos discutir a questão das ciclovias em Porto Alegre e ao mesmo tempo,
mais uma vez, agradecer ao Secretário João Bosco Vaz por ter atendido a nossa
solicitação. Pude ver o cumprimento da nossa lei, que é uma lei simples, que
vai ajudar àqueles que gostam de caminhar e de correr no Município de Porto
Alegre. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Havendo quórum, passamos à
A SRA. MARISTELA
MAFFEI (Requerimento): Sr. Presidente, acordado entre as
diversas Lideranças, estamos encaminhando a seguinte proposição em relação à
votação na Ordem do Dia: em primeiro lugar, o Veto Total ao PLL nº 048/04; logo
após, o Veto Parcial ao PLCE nº 004/04, o Requerimento nº 70/05 e, por último,
o Requerimento s/nº, de autoria do Ver. Mauro Zacher.
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Em votação o Requerimento da Verª Maristela
Maffei. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E
VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 1212/04 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI
DO LEGISLATIVO N.º 048/04, de autoria do Ver. Aldacir
Oliboni, que dispõe sobre a obrigatoriedade da instalação e manutenção de
aparelho desfibrilador cardíaco externo semi-automático em locais públicos e
privados com concentração de pessoas, no âmbito do Município de Porto Alegre,
do treinamento para ressuscitação cardiopulmonar e dá outras providências.
Parecer:
- da CCJ.
Relator Ver. Valdir Caetano: pela manutenção do Veto Total.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art.
77, § 4º, da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 03-03-05.
-
discutiu a matéria o Ver. A.Oliboni, em 03-03-05.
Na
apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM
– aprova o Projeto, rejeita o Veto;
NÃO
– rejeita o Projeto, aceita o Veto.
-
Trigésimo dia: 16-03-05 (quarta-feira).
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para
discutir o PLL nº 048/04, com Veto Total, por cedência de tempo da Verª Margarete
Moraes.
O SR. ALDACIR
OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras
e Srs. Vereadores, o Projeto trata da obrigatoriedade de instalação de
desfibrilador cardíaco semi-automático em lugares públicos, isto é, em lugares
de grande circulação no Município de Porto Alegre. Nós colocamos no Projeto a
expressão “acima de três mil pessoas”. Isso atingiria os campos de futebol, os shopping
centers, a Rodoviária.
O Veto do Prefeito Municipal
impede a instituição de um Projeto que é de extrema importância para a Cidade,
para o cidadão e para a cidadã. Esse Projeto foi aprovado em dezembro, no final
do ano passado, e vetado agora nesta Administração. Na época nós já havíamos
discutido na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, envolvendo uma infinidade de
entidades - seja entidade esportiva, seja a Sociedade de Cardiologia -, todas
elas manifestaram publicamente a importância desse Projeto de prevenção à
saúde. Nós elencamos aqui, em outra oportunidade, várias pesquisas que
demonstraram claramente, em lugares em que hoje isso já existe, como Curitiba,
São Paulo, Chicago, Belo Horizonte, o percentual de incidência de salvar uma
pessoa. Eu acredito que o Prefeito Municipal, infelizmente, não tenha recebido
todos esses dados elencados no Projeto e na discussão feita nesta Casa, o que
possibilitou o Veto ao Projeto.
Sinceramente, eu queria fazer um
apelo aos Vereadores, pela nominata aqui apresentada na votação - houve apenas
um Vereador que votou contra, os demais votaram a favor, inclusive
manifestaram-se no Plenário demonstrando a importância desse Projeto -, no
sentido de que mantivéssemos a coerência. Inclusive, para poder viabilizar o
Projeto, a Comissão de Constituição e Justiça deu Parecer favorável naquela
oportunidade e, agora, deu Parecer contrário. Nós precisamos lutar para que os
serviços de saúde de Porto Alegre sejam ampliados, evidentemente, e eu creio
que esse serviço de constituir desfibriladores cardíacos semi-automáticos em
lugares públicos onde circulam acima de três mil pessoas é, sim, um serviço de
prevenção à saúde da população de Porto Alegre.
Portanto, faço esse apelo, porque
o Veto não condiz com aquilo que o Prefeito disse nesta Casa, de manter uma
relação positiva com os Vereadores, de valorizar os Vereadores. Eu creio que
esse primeiro Veto claramente demonstra não só desconhecimento da Casa, não só
desconhecimento do Projeto, da matéria que foi elencada - inclusive elogiada
pelas entidades representativas desse segmento -, como também um profundo
desconhecimento da lógica adotada na Câmara, em que nenhum Projeto é votado se
não passar pelas Comissões.
Para esse Projeto,
especificamente, nós trouxemos uma infinidade de entidades, principalmente o
SAMU de Porto Alegre, que já institui esses serviços e que são de extrema
importância para a Cidade. Se procurássemos aqui elencar os dados do SAMU, nós
nos surpreenderíamos, porque o período de dez minutos que nós temos para chegar
até o paciente e dar o choque necessário para que ele volte à vida é
fundamental, mais de 99% dos casos do SAMU são realmente, vamos dizer assim,
citados e elogiados em função da importância desse aparelho. Imaginem vocês o
nobre Ver. Haroldo de Souza narrando um jogo: vê um problema lá na frente e
percebe que ninguém vai lá, em direção ao jogador - ou até mesmo isso pode
ocorrer na torcida -, o que pode acontecer? É mais uma vida humana que estamos
perdendo. Nós queremos pedir a sensibilidade dos Vereadores, não só para manter
coerência no voto, mas, acima de tudo, para demonstrar à sociedade de Porto
Alegre que nós queremos lutar pela Saúde Pública, e esse é um bom sinal. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir o PLL nº 048/04, com Veto Total.
O SR. CARLOS TODESCHINI:
Obrigado, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras.
Quero cumprimentar o Ver. Aldacir
Oliboni pela iniciativa, quero cumprimentar também os Vereadores que aprovaram
este Projeto de Lei na Legislatura passada. Conclamo os Srs. Vereadores e as Sras
Vereadoras para que façam uma reflexão e decidam agora a favor da vida. Nós
muito ouvimos o Prefeito falar, por exemplo, que era mais importante a vida do
que o viaduto, do que o elevador da 3ª Perimetral. A vida sempre é mais
importante do que qualquer coisa! Uma vida é mais importante do que todo o
dinheiro do mundo, e é disso que trata essa medida apresentada aqui em Projeto
de Lei pelo Ver. Aldacir Oliboni.
O desfibrilador é um elemento que
pode fazer a reversão de inúmeros acidentes cardíacos, infortúnio ao qual todos
nós estamos sujeitos a qualquer momento. E o Projeto versa sobre
disponibilidade de aparelhos nas grandes concentrações de massa, ou seja,
naqueles ambientes onde se concentram populações acima de três mil indivíduos,
em que há o risco e a probabilidade concentrada do infarto, do acidente
cardiovascular - isquemias, enfim.
Esses acidentes hoje são cada vez
mais comuns, dadas as condições de ambiente, de vida, em função do estresse, do
trabalho, das tensões, das dificuldades, condições que submetem as populações a
um risco maior. Nós temos assistido a vários casos em estádios de futebol, não
só na rua, em qualquer ambiente. Quem já não teve familiares com essa
enfermidade? É muito grave, e às vezes o socorro não chega a tempo pela dificuldade,
pela concentração, pelo trânsito; o socorro não chega em tempo. E, para salvar
a vida, às vezes são suficientes dois, três, quatro, cinco minutos, porque aí a
vida corre contra o tempo.
É este o Projeto que o Ver.
Aldacir Oliboni apresentou e que esta Casa aprovou, um Projeto que cuida da
vida. E o nosso Prefeito, eu creio que para manter a coerência do discurso de
campanha, deveria homologá-lo, sim, porque é de interesse da coletividade, da
totalidade das pessoas. Não há um de nós, cidadãos, independente de classe
social, de nível cultural, de nível de escolaridade, da sua função, que não
esteja exposto ao risco. Quando estamos afetados, nós podemos ter a
possibilidade da vida salva, no caso de um acidente, ou podemos não sobreviver.
Então, não é mais um Projeto para
ficar como letra morta, não é mais um Projeto para constar; é um Projeto que
tem efetividade, que cuida da vida, que aponta para resultados objetivos e
efetivos para a proteção da nossa população. Assim como nós temos que melhorar as
condições de segurança de nossa população para que vidas não se percam
fortuitamente, gratuitamente, nós podemos salvaguardar, sim, a saúde da
população, na medida em que as tecnologias estão aí à disposição da vida.
Senão, qual é o sentido de elas existirem?
Por isso peço aos Srs. Vereadores
que não aceitem o Veto do Sr. Prefeito, que aprovemos aqui Projeto que já foi
aprovado antes, na outra Legislatura, por esta Casa, pois isso muito vai ajudar
a gente de nossa Cidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Nereu D’Avila está com a palavra para
discutir o PLL nº 048/04, com Veto Total.
O SR. NEREU D’AVILA: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, senhoras e senhores, em primeiro lugar quero reafirmar aqui a minha
posição pessoal de ver méritos no Projeto do Ver. Aldacir Oliboni. Há méritos
no Projeto, mas ocorre que esta iniciativa do Vereador se consubstanciou pela
comoção que causou à Nação a morte de um jogador de São Paulo, se não me
equivoco, do São Caetano. Hoje, segundo o Presidente do Grêmio, o nosso colega
Ver. Paulo Odone, na discussão deste Projeto na Comissão de Justiça, todos os
estádios são obrigados a instalar esse desfibrilador cardíaco, por recomendação
federal.
O que eu afirmei ao Ver. Aldacir
Oliboni, já que considero a idéia boa, é que o Projeto, na verdade, além de
obrigar a existência desse aparelho em órgãos públicos, torna-o obrigatório
também em prédios privados. (Lê) “Prédios públicos ou privados por onde
circulem mais de três mil pessoas diariamente”. Bom, a circulação de três mil
pessoas, Vereador, acontece em todos os prédios públicos - municipais,
federais, estaduais. A rigor qualquer prédio público, por menor importância que
tenha, tem uma circulação acima de três mil pessoas diariamente, é quase certo
isso.
Então, Vereador, nós discutimos, na Comissão de
Justiça, presidida pelo eminente Ver. Ibsen Pinheiro, com a presença de doutos
do Direito, como o já citado Ver. Odone e outros companheiros, o Ver. Márcio
Bins Ely também, jovem, mas eminente advogado, profundamente este Veto, por
conseguinte o Projeto de V. Exª Nós chegamos à conclusão, como afirmei no
início, de que o mérito é indiscutível. Ocorre que ele está amplo demais, está
com uma grande abrangência, inclusive interferindo na iniciativa privada. Como
o próprio eminente Procurador da Casa foi enfático ao dizer, não há como
interferir na iniciativa privada com esse aparelho que, não sei o seu preço,
mas, efetivamente, deve ter um preço mais ou menos salgado.
Então, Vereador, eu não estou
aqui para dar conselhos - cada um de nós, Vereadores, tem as suas idéias -, mas
como eu, pessoalmente, privo da amizade de V. Exª, o que, aliás, muito me
honra, diria a V. Exª que enxugasse este Projeto, tirasse as questões privadas
e colocasse o aparelho efetivamente em locais - como nós, da Comissão de
Justiça, aprofundávamos - onde preferencialmente se faz esforço físico. Porque
o desfibrilador tem a ver com o coração, tem a ver com esforço cardíaco, tem a ver
com esforço físico.
Enfim, a idéia é boa, mas está,
neste momento, comprometida pela amplitude demasiada, no nosso entendimento, da
abrangência do Projeto e eivado de inconstitucionalidade, e, neste momento, não
pode ser suprida a questão da iniciativa privada. Então, nesse teor, nós, das
Bancadas da situação, vamos acompanhar o Veto, mas quero dizer a V. Exª que o
seu intento é plausível, que a iniciativa é válida, o mérito é indiscutível.
Como disse o Vereador que me antecedeu na tribuna: quando se trata de vida, não
se pode tergiversar. Mas também não se pode, de inopino, contrariar
fundamentalmente a constitucionalidade, por uma amplitude demasiada que o
Projeto busca atingir.
Portanto, Vereador, nós dizemos
que, apesar do mérito do Projeto, as inquinações de problemas de ordem
constitucional e, inclusive, a interferência no poder econômico da iniciativa
privada povoam o Projeto e o inoculam, sem sombra de dúvida, com a
inconstitucionalidade e o vício da iniciativa, conforme o Veto foi redigido
pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para
discutir o PLL nº 048/04, com Veto Total.
Primeiro, quero trazer aqui um
entendimento deste Vereador à Bancada de sustentação do Sr. Prefeito Municipal
e trazer também, ou resgatar, uma discussão que esta Casa já fez, Ver. Nereu,
na Legislatura anterior. Na Legislatura anterior, esta Casa não só discutiu
este Projeto como o aprovou. Bem, se aprovou na Legislatura passada, entendeu
que este Projeto vinha a qualificar as ações da Saúde Pública. E se vem para
qualificar... Quem fez o discurso de campanha de que teria de melhorar o que
não estava bem é o atual Executivo Municipal. Portanto, nós estamos aqui, neste
momento, fazendo também essa discussão de mérito e de essência.
Eu quero discutir com os
Vereadores médicos, Ver. Sebenelo, que a nossa posição é, sim, para ajudar a
qualificar o serviço público municipal, estadual e federal. Se este Projeto
passou por todas as Comissões desta Casa e foi aprovado, nós não podemos aqui
aceitar, neste momento, um Veto do Sr. Prefeito Municipal que diz que ele é
inconstitucional! Sr. Presidente, há um erro aí! Esta Casa tem uma leitura
diferenciada do Executivo? Se esta Casa diz que é constitucional, como é que o
Executivo vem dizer que é inconstitucional agora? Ver. Nereu, V. Exª estava
aqui na Legislatura passada, e foi dito aqui nesta Casa que este Projeto era
constitucional, portanto estava dentro das normas e dos conceitos legais para
tramitar, ser analisado e aprovado.
Como sou um Vereador de primeira
Legislatura, eu venho aqui, sim, trazer essas contradições, porque necessito
entendê-las com profundidade, e a população de Porto Alegre também. E aí o Sr.
Prefeito diz: “...bem como afronta o interesse público e as normas da
legislação...” Eu acho que não é uma afronta ao interesse público propor um
equipamento que vem qualificar a Saúde Pública. E digo mais: creio que este
Projeto é um Projeto que avança, na lógica, inclusive, do envolvimento da
iniciativa privada. Então, no momento em que aponta para que os shoppings,
para que o Aeroporto, para que as grandes instituições sejam responsáveis por
ter esse equipamento, Ver. João Dib, isso é uma lógica de buscar também a
desoneração dos cofres públicos para ajudar a auxiliar nos equipamentos
necessários para a Cidade. Essa busca da relação de parceria com a sociedade
civil é importante num tema tão desgastado e num tema tão importante como este.
Creio que, se nós, aqui e agora,
numa nova Legislatura, aceitarmos o Veto na sua totalidade, teremos de explicar
à sociedade civil a contradição que há com o Parecer anterior, do ponto de
vista, agora, da lógica e como o Executivo Municipal apresenta o Veto dizendo
que ele afronta o interesse público, quando se propõe uma medida que vem
auxiliar a qualificação da saúde. Eu teria mais assuntos para trazer, queria
entrar no mérito, inclusive, da relação do Governo Federal para buscarmos
recursos para ajudar a qualificar isso. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Paulo Odone está com a palavra para discutir
o PLL nº 048/04, com Veto Total.
O SR. PAULO ODONE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu quero,
em primeiro lugar, cumprimentar o Vereador autor do Projeto de Lei pelo mérito
do assunto, que é preocupante. No ano passado, a Nação viveu o drama daquele
atleta que morreu no campo de futebol, a chamada morte súbita, até se assistiu
ao socorro. No mundo inteiro, outros episódios começaram a chamar a atenção, e,
evidente, isso se transformou em preocupação geral da sociedade. No caminho do
desporto, em que acontece uma imensa maioria desses episódios, houve reação e
disciplina do assunto. Hoje, em qualquer campo de futebol onde haja um jogo de
campeonato oficial ou mesmo amistoso, mas que esteja sob a égide de uma
federação ou confederação, deve haver um desfibrilador, assim como é
obrigatória, no campo do Grêmio, por exemplo, a ambulância com o médico - o que
já havia - e com o aparelho desfibrilador.
Quem custeia isso? O clube, é
regra da Confederação e da Federação. A preocupação de regular isso para todo o
ambiente onde haja conglomerado público é complicada. O Projeto de Lei menciona
as universidades, por exemplo. Quem vai custear nas universidades? Vai ser o
Poder Público Municipal, nas universidades privadas, por exemplo? Quase todas
as universidades têm um conglomerado de público que vai estar enquadrado na
hipótese, assim como nos shoppings, no Aeroporto ou no Mercado Público,
em todos os ambientes. Podemos dizer que no Mercado Público a Prefeitura aloca,
etc., ela que arranje recursos orçamentários e coloque lá o serviço.
É exatamente por causa dessa
complexidade que se resguarda na Constituição que, para obedecer à boa
Administração, haja previsão orçamentária e origem dos recursos, quando votamos
o Orçamento. É por isso que a iniciativa da proposição desse tipo de matéria
que impõe uma estrutura e vai impor obrigações, inclusive, de ordem econômica e
financeira ao Poder Público ou ao setor privado seja do Poder Executivo. Então,
eu não tiro o mérito da matéria, mas acho que nós não podemos
constitucionalmente impor ao Poder Público, que não sabe de onde sequer vai
tirar os recursos e com o que ele vai arcar, em nome ou não das atividades
privadas e públicas, ou o que seja.
Então, Vereador, cumprimento V.
Exª pela iniciativa, mas acho que o bom é aplicar, não por excesso de
formalismo, a regra constitucional, deixar que isso seja iniciativa do
Executivo, que isso seja provocação, no bom sentido, para que o Executivo
possa, dentro do atendimento do SUS ou das emergências, disciplinar esta
matéria sem que, justamente, o Poder Público esteja a custear despesas que
seriam do setor privado, como é, Ver. Brasinha, lá no nosso estádio, pois é a
gente que paga esse serviço para atender a população. Não sai jogo, o árbitro
não autoriza, se não estiverem lá a equipe médica e o desfibrilador. O
pagamento sai da bilheteria, sai do clube.
Esse tipo de matéria tem de ser
questionada, tem de ser posta, e a iniciativa tem de ser do Poder Público. Não
é formalismo, não é político-partidário; é uma questão de absoluto bom senso e
regramento. É só por isso que peço que o Veto do Prefeito seja mantido.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): A Verª Maria Celeste está com a palavra para
discutir o PLL nº 048/04, com Veto Total.
A SRA. MARIA CELESTE:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, exerço aqui, com certeza, o direito que me cabe de discutir
qualquer Projeto de Lei nesta Casa. Agora, mesmo sendo 17h08min em nosso
relógio, tenho o direito de discutir essa questão do Veto a um Projeto tão
importante que foi aprovado nesta Casa no ano passado, houve Parecer favorável,
inclusive, da Comissão de Constituição e Justiça desta Casa.
De lá para cá, parece que as
regras jurídicas foram um pouco mudadas, pelo que pude perceber no decorrer e
nas argumentações jurídicas aqui: Parecer favorável da Comissão de Constituição
e Justiça ao Veto do Sr. Prefeito, falando da inconstitucionalidade. Mas aqui
eu quero, além de falar da questão da inconstitucionalidade...
O Sr. João Antonio
Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da
oradora.) Nobre Verª Maria Celeste, no ano passado eu votei contrariamente o
Projeto de Lei do Ver. Aldacir Oliboni, mas, neste fim de semana, assistindo a
um documentário, eu vi instalado em um aeroporto dos Estados Unidos, de 300 em
300 metros, um desfibrilador. As pessoas precisavam ser convenientemente
treinadas, e mostravam-se os exercícios feitos para que pudessem ser usados os
aparelhos. Não é para qualquer um usar. De repente, nós vamos matar ao invés de
salvar o acidentado.
A SRA. MARIA CELESTE:
Certamente, Sr. Ver. João Antonio Dib, também
assisti a uma matéria em que, no aeroporto de Chicago, o segundo maior ponto da
cidade na questão de mortes súbitas do país, foram treinados indivíduos e
disponibilizados quites desse aparelho. O índice de sobrevida, naquele local,
que era de 2% subiu para 56%. Então, vejamos bem: no mesmo país desenvolvido,
com duas cidades diferenciadas, onde o equipamento é aplicado de forma correta,
onde as pessoas são treinadas para o uso desse equipamento, com certeza, a
sobrevida dessas pessoas vai para muito além daquilo que se espera.
O que nós estamos discutindo
aqui, além da constitucionalidade, é a questão da prevenção de uma morte, é a
questão de ressaltar a importância de uma vida. A morte súbita no nosso País
mata 260 mil pessoas por ano. O artigo do Dr. Rui Peixoto, que eu quero citar,
pelo qual estou embasando a minha fala, traz isso muito claro, traz o exemplo a
respeito dos jogadores de futebol da seleção de Camarões e até do nosso País,
pelo fato que aconteceu! Então, poder oportunizar a instalação desse aparelho
em locais de grande movimento significa que estaremos levando em consideração o
princípio da vida e não a banalização da vida.
Custos há, há muitos custos sim!
Mas qual é a prioridade que se tem na Cidade de Porto Alegre em relação à
Saúde? A campanha do Prefeito Fogaça foi embasada: “Muda o que precisa mudar,
mantém o que está bom”. A Saúde do Município está caótica, nós não precisamos
desses equipamentos? Não precisamos desse equipamento para salvar vidas?
Parece-me que há um grande equívoco quando nós apenas avaliamos a questão
jurídica e o aspecto frio, legal. Esse aparelho vem para trazer essa grande
reflexão. O custo certamente é alto, mas quanto vale uma vida? Quanto vale uma
vida na cidade de Porto Alegre? Nós sabemos que os recursos precisam ser
buscados. O Ministério da Saúde, no ano passado, investiu mais de três milhões
na Saúde do Município de Porto Alegre. Certamente o Governo do Estado também
fez investimentos, além do Orçamento do Município de Porto Alegre.
Acho que nós temos que buscar
saídas, que a Prefeitura tem de buscar saídas para isso. Não é vetando um
Projeto como esse, um Projeto que eu diria simples, relativamente simples, que
vai resolver o problema da Saúde no Município de Porto Alegre. Mais do que
isso, este Projeto é um projeto preventivo, necessário, urgente, para salvar
vidas na questão da morte súbita na nossa Cidade. Muito obrigada, Sr.
Presidente.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Ibsen Pinheiro está com a palavra para
discutir o PLL nº 048/04, com Veto Total.
O SR. IBSEN PINHEIRO:
Sr. Presidente, considero até excessivo o tempo,
dada a singeleza da argumentação que eu quero trazer. Acho que a matéria tem
mérito e associo-me a todos que assim a interpretam e vejo os vícios de
iniciativa que colidem com a competência da Lei Federal. Uma invasão de
competência. E acho que a dúvida é perfeitamente compreensível. O Prefeito
Verle recebeu esta matéria para sanção em 29 de dezembro, numa quarta-feira, um
dia útil, quando teria tido S. Exa. a oportunidade de sancioná-la. Não o fez.
Certamente, porque as dúvidas se justificam. Ora, Sr. Presidente, matéria
constitucional, na dúvida: pró-constituição, pró-instituição. Para mim, há
clareza de que a matéria invade a competência da Legislação Federal e viola o
princípio da iniciativa. Por isso, parece-me lógico o voto contra o Projeto e
pela manutenção do Veto, o voto é “não”.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Encerrada a discussão. Eu vou encarecer aos Srs.
Vereadores e Vereadoras que as inscrições sejam feitas pelo menos com um
segundo de antecedência à decisão de se passar à fase seguinte. Mas a Verª
Maristela Maffei pediu a palavra.
Encerrada a discussão. Em votação
o PLL nº 048/04, com Veto Total. O Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 048/04, com Veto Total.
O SR. ALDACIR
OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, eu acredito que a livre manifestação é
um direito de todo cidadão e, especialmente aqui, de todos nós Vereadores e
Vereadoras. Agora vejam os senhores o que foi dito aqui, que é
inconstitucional, que é inorgânico, que tem vício de origem e que atinge a
iniciativa privada e uma série de coisas. No ano passado não era assim. No ano
passado, os Vereadores votaram todos a favor. Não dá para vender para a sociedade
uma coisa e depois dizer outra.
Nós achamos de extrema
importância este Projeto, porque ele não veio da iniciativa deste Vereador;
veio das entidades representativas do segmento da Saúde. Nós temos que ter
coerência naquilo que fazemos na Casa; agora, por ser oposição, votamos a favor
ou contra e, depois, mudamos? Não. Eu acho importante o que o Ver. Nereu
D’Avila falou quando da emissão do seu Parecer no ano passado, quando ele
aprovava o Projeto por seus méritos, mas, agora, dá o indicativo da possibilidade
de se refazer o Projeto, ao contrário do que falou o nobre Vereador Odone,
quando ele diz que é inconstitucional. Nós temos aqui grandes advogados,
peritos em Direito, mas que aqui na tribuna dão uma impressão de contradição.
Este Projeto existe em várias
capitais do País, como também em outros países, a exemplo do aeroporto de
Chicago, conforme o Ver. João Antonio Dib falou, onde de 300 em 300 metros há
um desfibrilador semi-automático, e ele funciona. De que forma funciona? Muitas
pessoas podem até dizer: “Mas como vai ser o treinamento desse cidadão?” Lá em
Chicago, por exemplo, no Projeto original, 30% dos servidores deveriam fazer o
treinamento, e, para compensar, a pessoa com interesse de fazer o treinamento
ganhava um prêmio, como, por exemplo, uma folga no ano. Nós temos que criar
mecanismos, como diz o Projeto de Lei, para que haja uma compensação ou um
consentimento do cidadão, da cidadã. Assim como o extintor de incêndio, o
desfibrilador, no futuro, poderá estar em lugares de grande circulação, como
aeroportos, universidades, shopping centers, campos de futebol.
O futuro é este, cidadãos e
cidadãs. Nós precisamos criar uma cultura de que o que é possível o Vereador
implementar como lei que possa beneficiar os cidadãos e as cidadãs. E eu tenho
certeza de que este Projeto vem a atender, nobre Ver. Sebastião Melo, V. Exª é
testemunha disso, as entidades que nós recebemos na Comissão de Saúde; todas
elas, seja a sociedade esportiva, o SAMU, a Sociedade de Cardiologia, a
Secretaria Estadual de Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde, elogiaram a
iniciativa. Agora, numa questão mais simplória, querer dizer que é
inconstitucional, evidentemente, não dá para aceitar.
Na condição de autor do Projeto,
voto a favor do Projeto, voto contra o Veto e peço a gentileza de os nobres
Pares reverem a votação e votarem para que a Cidade seja melhor, para que tenha
um serviço também melhor e com qualidade extensiva a todo o cidadão e cidadã
que não têm condições de comprar, que esse serviço possa estar ali disponível
para toda a população. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar
a votação do PLL nº 048/04, com Veto Total.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, nós estamos aqui diante de uma dúvida que talvez a Bancada petista
- hoje oposição, mas antes situação - possa nos esclarecer. Este Projeto foi
aprovado no ano passado e enviado para a sanção do Sr. Prefeito Municipal. Eu
pergunto: por que o Prefeito Verle não quis sancionar? Por que ele, podendo ter
sancionado o Projeto, preferiu se calar e deixar que o Prefeito seguinte
tivesse o direito à manifestação? Eu realmente não poderia responder. Só a
Bancada petista poderia dar essa resposta.
Mas o Ver. Nereu coloca outra
dúvida importante. No ano passado, quando o Ver. Nereu fez o seu Parecer na
Comissão de Justiça e depois deu o seu voto neste plenário, ele o fez mediante
uma proposta ao autor do Projeto no sentido de que não houvesse invasão na área
privada. Isso, na verdade, não foi cumprido, e o Ver. Nereu hoje, discutindo
antes de eu vir à tribuna, me permitiu dizer aqui que ele foi praticamente
obrigado a mudar o seu voto, porque o Projeto não mudou, o Projeto não obedeceu
àquilo que foi tratado antes para que fosse votado e tivesse saído daqui com
uma redação final que pudesse realmente satisfazer os aspectos de
constitucionalidade e aquilo que realmente ainda restava de dúvidas para todos
nós.
É muito normal, Ver. Nereu
D’Avila - e este Projeto não é o primeiro, acho que não acontece somente nesta
Casa, deve acontecer em outros Parlamentos -, um Projeto receber uma votação em
uma Comissão - pode ser na Comissão de Justiça, principalmente na questão de
Justiça, quando se abordam os aspectos legais e constitucionais, e o meu voto
foi com restrição porque eu tinha dúvidas a respeito da constitucionalidade do
Projeto - e, depois, no plenário, o voto do Vereador não obedecer simplesmente
aos aspectos legais, pois aqui no plenário, quando votamos, obedecemos também a
aspectos políticos, e aí o voto pode ser modificado.
Um outro detalhe: o Ver. Claudio
Sebenelo, que é médico especialista nessa área e faz parte da minha Bancada,
disse - e o que o Ver. Paulo Odone falava corrobora suas palavras - que não
adianta ter um desfibrilador, porque simplesmente não vai resolver a situação,
pois, primeiramente, ele não é aplicado em todos os casos, e, em segundo lugar,
não adianta usar o desfibrilador se não usar os processos de aeração, então o
cidadão tem que ser entubado também. O desfibrilador é uma das soluções em
alguns dos casos em que o cidadão é acometido de mal súbito, quer dizer, ele
não é a solução definitiva, não é a solução correta para todos os males súbitos
que acometem o cidadão em uma manifestação pública ou até mesmo, às vezes, na
sua solidão.
Então, por isso mesmo, eu
acredito que o Projeto do Ver. Aldacir Oliboni - e conversávamos no ano passado
sobre isso - é uma boa idéia, realmente é uma boa idéia. Tem de ser trabalhada?
Claro que sim, Ver. Oliboni, acho que V. Exª tem mérito por iniciar essa
discussão. Agora, acredito que nós, Vereadores aqui deste Plenário, porque
aceitamos agora o Veto do Sr. Prefeito Municipal, não temos de ser cobrados
porque no ano passado votamos a favor do Projeto ou votamos contra o Projeto,
ou com restrição ao Projeto, como foi o meu voto: votei com restrição. Na
verdade, nós temos de ser cobrados no sentido de buscarmos sempre conhecimento
para que o nosso voto seja dado com consciência, e o voto, neste momento, está
sendo dado com consciência, aceitando o Veto do Sr. Prefeito Municipal.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Sr. Sebastião Melo está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 048/04, com Veto Total.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, este Projeto do colega
Oliboni vem de março de 2004, depois ele entrou na Ordem do Dia por força do
art. 81. E aqui eu quero resgatar especialmente àqueles que, como o Ver.
Haroldo, Ver. Nereu... Tem sido uma praxe na Casa, Ver. Comassetto, no final de
cada ano, se fazer um mutirão, no sentido de que há muitos Projetos de
interesse do Executivo e muitos Projetos dos Vereadores, faz-se uma Pauta, e
votam-se Projetos, às vezes, muito equivocadamente, porque durante o ano todo
se discute muito nome de rua, homenagens, e acaba acontecendo o mutirão lá no
final. Essa tem sido a regra.
Quero dar meu depoimento. Presidi
a Comissão de Justiça, e é meritória esta matéria. O Ver. Oliboni é um homem da
área da Saúde, dedica boa parte do seu mandato a esta área. Eu mesmo, por
solicitação desse Vereador, reuni a Comissão em dois momentos, não
especificamente para isso, mas houve janelas para tratar desse assunto. Sr.
Presidente, lembro-me de que o Ver. Oliboni pediu adiamento de votação por uma
Sessão, duas Sessões, para que ele pudesse... Ver. Haroldo, eu até dizia que
ele deveria fazer um Substitutivo, porque o mérito era bom, mas o Projeto era
muito complicado, era pouco esclarecedor, sempre disse isso para Vossa
Excelência.
Quero dizer que a nossa Bancada
não tem questão fechada sobre isso, esta não é uma matéria de fundo pela qual a
Bancada vai fechar questão. É evidente que cada um vai votar de acordo com a
sua consciência; eu, pessoalmente, vou acompanhar V. Exª até por respeito pela
maneira como foi encaminhado. Agora, eu acho, com toda a sinceridade, Ver.
Oliboni, que o bom caminho, se V. Exª vier a perder no plenário - e eu acho que
V. Exª vai perder no plenário -, é refazer este Projeto e deixá-lo um pouco
mais enxuto, pois penso que ele ficou com algumas lacunas, mas, com vontade de
acertar, V. Exª, por falta de tempo... Então, V. Exª tem a paternidade dessa
matéria e, se perder, poderá nesta Legislatura, evidentemente, refazer este
Projeto.
Eu só vim à tribuna para
cumprimentar V. Exª pela iniciativa, sei que houve um esforço grande para
aprovar este Projeto. Evidentemente, os senhores ainda tinham o governo até o
final do mês; é verdade que este Projeto chegou lá na reta final, mas o Sr.
Prefeito tinha ainda a competência e podia simplesmente, Ver. Comassetto, ter
pego o Projeto do Ver. Oliboni e sancionado, porque ele pode sancionar com dez
minutos na Prefeitura como pode sancionar até quinze dias, que é o que
determina a lei. Então, evidentemente, o Governo de V. Exª, que foi Governo até
o final do ano passado, tinha competência, inclusive, de sancionar esta lei.
Acabou não sancionando, e eu não vou questionar isso. Então, quero
cumprimentá-lo e dizer que acho a iniciativa boa, mas que precisa ser mais
burilada, porque uma idéia tão boa como essa não pode ser colocada fora. Se V.
Exª perder, entendo que faça um Projeto melhorado, que, com certeza, terá o
apoio do conjunto desta Casa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Está sendo solicitado encaminhamento por parte da
Bancada do Partido dos Trabalhadores. A votação já foi encaminhada pelo Ver.
Aldacir Oliboni, autor do Projeto.
Em relação à discussão, não há
dúvida, pode discutir o autor e mais um representante da Bancada. A dúvida que
me surge é a respeito do encaminhamento. O art. 173 do Regimento estabelece:
“Anunciada a votação, com a presença da maioria absoluta dos Vereadores, o
Autor e os Líderes de Bancada, ou Vereador por eles indicado, poderão
encaminhá-la pelo prazo de cinco minutos, sem aparte”. É uma dúvida que eu
gostaria de suscitar. (Pausa.)
A Verª Maria Celeste está com a
palavra para encaminhar a votação do PLL nº 048/04, com Veto Total.
A SRA. MARIA CELESTE:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, também nos suscitou uma dúvida, por isso encaminhamos junto à Mesa
essa questão tão importante do Regimento, quando fala do encaminhamento.
Entendíamos que o Ver. Aldacir Oliboni estava encaminhando como autor do Projeto
de Lei e que a Bancada teria direito a esse encaminhamento.
Queria ressaltar aqui, neste
momento, o pronunciamento do Ver. Luiz Braz, quando ele falou da votação em
plenário. Na minha fala anterior, Ver. Luiz Braz, eu não me referi à fala e ao
voto dos Vereadores no plenário, mas ao Parecer e ao voto dos Vereadores na
Comissão de Constituição e Justiça desta Casa - Comissão encarregada de zelar e
verificar todos os aspectos legais referentes aos Projetos. Naquela ocasião, a
Comissão votou o Parecer favorável do Ver. Nereu D’Avila, que era o Relator,
referente a esta matéria. É óbvio que a disputa política, depois, aqui e no
Plenário, se dá de uma outra forma e aí, levando em conta, sim, o mérito da
questão, muito mais do que a questão da legalidade. Nesse ponto é que eu me
referia à questão da legalidade.
Também queria responder que,
certamente, o Prefeito João Verle não teve tempo hábil para avaliar e
encaminhar essa questão do Veto, por isso ficou para a nova legislação. A
votação deste Projeto foi feita em 9 de dezembro, e a sua Redação Final foi
entregue à Prefeitura quinze dias depois desse dia da votação. Então, no
finalzinho do mês de dezembro, início do mês de janeiro, é que foi avaliado
pelo trâmite da Prefeitura. Por isso não houve o tempo hábil necessário para,
quem sabe, o então Prefeito João Verle emitir o seu Parecer sobre o Projeto.
Mas o Projeto vem para nós com
uma questão que, para além da inconstitucionalidade alegada, me chamou muito a
atenção, que é a questão do interesse público não ser relevante. Isso está
escrito no Veto do Prefeito. Ora, um Prefeito que ganha uma eleição falando
exclusivamente na questão da Saúde Pública de Porto Alegre veta o primeiro
Projeto que tem em suas mãos, uma possibilidade de melhorar a Saúde Pública do
Município de Porto Alegre? Veta este Projeto - e diz, claramente, isto no Veto
- por não ser matéria de interesse público!
Vamos e venhamos, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, no Veto está escrito, eu li, Ver. João Antonio
Dib, que não é um Projeto de relevante interesse público na área da Saúde! Está
escrito isso no Veto. Eu me questiono como que, na primeira oportunidade que
tem o Prefeito de fazer um gesto em relação à Saúde, tão debatida na campanha
eleitoral, ele veta um Projeto dessa natureza? Acho importante que também
avaliemos muito bem o que diz a Relatoria da Comissão de Constituição e Justiça
desta Casa. Esta matéria é, sim, de competência, de ordem do Município de Porto
Alegre, ela não fere a Lei Orgânica do Município! Está escrito isso no Relatório
da Comissão de Constituição e Justiça desta Casa! De lá para cá, nós mudamos de
idéia por quê? Eu quero perguntar: por que mudamos de idéia? Por que, agora,
parece não ser mais de relevante interesse público? Por que agora esta lei fere
a Lei Orgânica do Município? São questões que eu quero deixar para que a gente
avalie muito bem.
E quero dizer que, na primeira
oportunidade que o Prefeito tem de mostrar que tem interesse pela Saúde Pública
do Município de Porto Alegre, ele veta um Projeto importante que trabalha na
área da prevenção da saúde e que evita que muitas mortes aconteçam no nosso
Município. É isso o que o atual Prefeito quer com relação à Saúde? E nós, aqui,
vamos concordar? Nós vamo-nos posicionar contra um Parecer da Comissão de Constituição
e Justiça desta Casa? Nós vamos aceitar as razões do Veto na questão do
interesse público irrelevante? É disso que trata este Veto: ele trata do
desrespeito e do descompromisso da atual Prefeitura em relação à Saúde Pública
do Município de Porto Alegre.
(Não revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 048/04, com Veto Total.
O SR. PROFESSOR
GARCIA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, nós podemos fazer a análise deste Veto sob vários aspectos.
Primeiro, sob a questão institucional. Consultando os meus advogados, nenhum
deles disse que é inconstitucional. Fiquei surpreso hoje porque o Ver. Paulo
Odone, que é advogado, veio aqui, ocupou esta tribuna e disse que entendia que
era inconstitucional.
Mas esqueçamos a questão
jurídica, vamos falar sobre a questão da saúde, de salvar vidas. O Projeto
prevê o uso desses equipamentos onde haja um conglomerado de pessoas. Nada mais
do que justo, porque não é inviável, pela grande densidade populacional do
entorno, não é caro, a instituição não precisa ter o próprio equipamento, basta
fazer um convênio - e foi dito também pelo Ver. Paulo Odone que é essa a
situação -, uma instituição vai lá e leva o equipamento. Então, nós temos
vários aspectos.
Esse assunto veio à tona aqui,
nós sabemos, em função de uma morte. E eu pergunto: quantas mortes ocorreram,
coincidentemente, naquele curto episódio? E quantas mortes estão ocorrendo e
que não são divulgadas? Nós sabemos que a mídia dá um determinado destaque para
um determinado segmento. Então, sob esse aspecto jurídico, entendemos que não é
inconstitucional. E, se for para salvar vidas em grandes conglomerados, fica um
custo compatível.
Este Vereador entende que nós
temos de derrubar o Veto a este Projeto. Não há nenhum pecado, entendo, na
questão da derrubada do Veto. Vereador, eu quero parabenizar V. Exª pela
iniciativa e dizer que o Partido Socialista Brasileiro votou a favor na
primeira vez e hoje votará a favor novamente, porque entende que é um Projeto
que tem relevância social.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Raul Carrion está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 048/04, com Veto Total.
O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Elói Guimarães, demais Vereadores e Vereadoras;
Ver. Aldacir Oliboni, que teve a iniciativa deste Projeto; acho até que este
Projeto foi aprovado praticamente por unanimidade, parece-me que houve um único
voto contra, é um Projeto amadurecido, amplamente discutido. Ele surgiu a
partir da morte daquele jogador de futebol, que foi manchete mundial, seguida
depois de diversas outras mortes. Todos são sabedores de que esse problema do
ataque cardíaco é um algo que se enfrenta imediatamente, depois, não adianta,
como se diz, “chorar sobre o leite derramado”.
Esses equipamentos não são
caríssimos, são equipamentos acessíveis para empreendimentos que envolvem
grande circulação de pessoas e tudo o mais. Então, o mérito parece-me
indiscutível. A própria representação do Governo veio aqui, ponderou que o
problema não era de mérito, o problema seria de iniciativa e que poderia ser
feito. Bem, primeiro, pode, simplesmente, a assinatura da lei, a concordância
já ser a superação de um eventual - que eu questiono - vício de origem. Tanto
que esse vício de origem, em toda a tramitação, não foi identificado na Casa,
que eu tenha conhecimento - a CCJ e a Procuradoria concordaram. Segundo, também
poderia o Governo assumir o compromisso de enviar um Projeto com esse teor. Por
exemplo, em relação à Lei de Incentivo às Cooperativas Habitacionais, que era
um Projeto do Ver. João Motta, eu desarquivei, fiz um substitutivo, e, em
determinado momento, o Prefeito Verle chamou e disse: “Temos acordo com o
conteúdo, temos dúvidas sobre o vício de iniciativa e estamos propondo ao
Vereador que entremos com um Projeto no mesmo teor, citando até a iniciativa da
Casa, o Vereador retira e nós aprovamos”. Fui o primeiro a dizer: “Não há
problema, o que quero é que as cooperativas tenham uma legislação no
Município”. E o problema foi resolvido. Então, o Executivo pode propor uma lei
nesse sentido.
O problema é que o Executivo não
propôs, simplesmente vetou. Então, deixaremos de ter uma lei tão importante. Eu
inclusive lembro, Ver. Oliboni, que nós - não foi na sua legislatura, mas o
Professor Garcia já era Vereador - aprovamos a lei que criou a obrigatoriedade
de um ambulatório para atendimento de primeiros-socorros nos shopping
centers, em grandes centros comerciais e assim por diante. Não sei se o
Vereador recorda, foi em 1996; é uma lei nesta Cidade. “Ah! Mas vai dar custo
para o empresário!” Minha gente, isso faz parte, porque senão nós não
poderíamos legislar procurando ordenar a Cidade. Tudo tem custos. “Ah! Mas para
construir um edifício tem de ter uma caixa-d’água.” Isso tem custo. Mas, minha
gente, esta Casa aqui está para que aqueles custos necessários sejam para o bem
da comunidade.
Agora, há um Projeto de Lei, Verª
Mônica Leal, do Ver. Beto Moesch, que é o reaproveitamento das águas da chuva,
reaproveitamento das águas para uma economia de um líquido tão importante que é
a água tratada. Mas vai dar custo para os condomínios! Então, minha gente, não
fazemos nada. Qualquer lei que esta Casa aprova tem custos. Agora, maiores são
os custos para a sociedade se as leis não são feitas. Qual é o valor de uma
vida que vai se perder? Esse custo nós não estamos contabilizando?
Por tudo isso, a Bancada do
PCdoB, eu e a Verª Manuela, iremos votar favoravelmente o Projeto, legítimo, de
qualidade, do Ver. Oliboni. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Um rápido esclarecimento ex vi do Regimento
da Casa: quando se trata de discussão, é possível o mesmo orador utilizar dois
tempos; quando se trata de encaminhamento, o autor falará e também alguém
indicado pela Liderança. O que não pode haver é a duplicação de tempo quando se
confundir autor e representação de Bancada na mesma pessoa.
Em votação nominal o PLL nº
048/04. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) REJEITADO por 13 votos
SIM, 16 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES. Está aceito o Veto.
O SR. ADELI SELL
(Questão de Ordem): Presidente, desculpe-me se por acaso eu for
inoportuno. Quantos votos, exatamente, nós precisamos para aceitar o Veto?
O SR. PRESIDENTE (Elói
Guimarães): Dezenove para derrubar o Veto. Dezenove votos no
Projeto, porque, embora se discuta o Veto, etc., o que se vota é o Projeto. São
necessários dezenove votos para derrubar o Veto.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N.º 4836/04 – VETO PARCIAL ao PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N.º 004/04, que autoriza o
Município a re-ratificar as doações de áreas ao Sport Club Internacional,
realizadas pela Lei n.º 1.651, de 9 de outubro de 1956, com redação alterada
pelas Leis n.ºs 3.225, de 12 de dezembro de 1968, 3.921, de 21 de outubro de
1974, e 6.150, de 12 de julho de 1988.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela manutenção do Veto Parcial.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art.
77, § 4º, da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 03-03-05.
Na
apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM
– aprova o Projeto, rejeita o Veto;
NÃO
– rejeita o Projeto, aceita o Veto.
-
Trigésimo dia: 16-03-05 (quarta-feira).
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Em discussão o PLCE nº 004/04, com Veto Parcial. O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, cidadãos
e cidadãs de Porto Alegre, o Governo Municipal apresentou, no ano passado, um
Projeto de Lei que autoriza o Município a rerratificar as doações de áreas ao
Sport Club Internacional, realizadas por uma antiga lei de 1956, depois
alteradas por uma lei de 1968 e outra de 1974. Finalmente, com essa decisão
sábia do ano passado, nós resolvemos, Ver. Ibsen Pinheiro, um velho problema
que vinha se arrastando: “Afinal de contas, estava correto? Não estava correto?
E a doação, os limites?”, discussões que houve no passado, inclusive sobre os
bens ali colocados. Havia problemas, por exemplo, do Internacional fazer
parcerias, convênios, terceirização, porque não se podia dar, por exemplo,
habite-se, muito menos autorização de alvará. Então, isso resolveu um grande
problema, porque, evidentemente, aquele espaço já era considerado por toda a
população como um espaço do Sport Club Internacional.
O interessante é que o Governo
faz um Veto Parcial, que é referendado pelo Ver. Ibsen Pinheiro no seu Parecer,
que inclusive coloca no parágrafo único do art. 6º (Lê.): “...padece de vícios
constitucionais e orgânicos, assim como interfere na organização e
funcionamento da Secretaria do Planejamento Municipal do Poder Executivo.” “Por
constituir pressuposto de validade da lei, o vício de iniciativa não permite
validação de norma através de sanção, conforme jurisprudência do STJ, sendo
insanável ainda os vícios de indevida, de ingerência que afetem o princípio da
independência e harmonia entre os Poderes.”
Corretíssimo, inclusive isso foi
uma Emenda do Ver. Beto Moesch. O Vereador tinha a melhor das intenções, eu
acredito, por óbvio, de querer que o Processo passasse pelo Conselho do Plano
Diretor, pela Câmara, etc e tal. No entanto, isso já é um pressuposto de lei,
já está colocado inclusive tanto no Veto quanto no Parecer do Ver. Ibsen
Pinheiro. Portanto, está liquidada a questão de a quem pertence aquela área,
hoje efetivamente o Município passa aquela área para o Sport Club
Internacional. Só que, nesse particular, nós não podíamos ter colocado esse
parágrafo único como foi colocado pelo Ver. Beto Moesch, que hoje é o
Secretário Municipal do Meio Ambiente, portanto é correta a posição adotada de
vetar parcialmente.
Eu quero colocar aqui a minha
posição de acompanhar o Veto Parcial; que nós possamos decidir essa questão e
resolver definitivamente essa antiga pendência que não estava resolvida. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Ibsen Pinheiro está com a palavra para
discutir o PLCE nº 004/04, com Veto Parcial.
O SR. IBSEN PINHEIRO:
Sr. Presidente, venho a esta tribuna, talvez por
uma imposição da condição de Relator, para que possam os meus Pares, ainda que
rapidamente, sublinhar algumas razões que foram acolhidas por unanimidade na
Comissão de Constituição e Justiça. Primeiro, reconhecemos o mérito da Emenda
apresentada pelo Ver. Beto Moesch; segundo, lembramos alguns episódios
históricos relativos à propriedade, à titularidade e à posse da gleba do
Estádio Beira-Rio e do Parque que lhe é contíguo, o Parque Gigante do Sport
Club Internacional.
Como lembrarão provavelmente
todos, há uma meia dúzia de anos, acho que no ano de 1997, quase que um
incidente de confronto ocorreu entre o Clube e o Município de Porto Alegre pela
decisão da Administração de reocupar gleba da qual se sentia titular o
Município Porto Alegre, e não me custa reconhecer que não faltavam boas razões
ao Sr. Prefeito Raul Pont. Embora a matéria envolvesse até mesmo razões
emocionais de parte dos torcedores do Sport Club Internacional e da relação
afetiva com aquela gleba, não é difícil reconhecer que o Sr. Prefeito evocava
razões muito ponderáveis a respeito da titularidade. O confronto ocorreu, a
matéria acabou sendo encaminhada ao Poder Judiciário por suscitação do Sport
Club Internacional, e o Internacional teve vitórias parciais na Justiça; embora
sem definição do conteúdo, obteve a manutenção de posse, enquanto se aguardava
a decisão de mérito.
Por isso, vejo um grande mérito
na Administração do Prefeito Verle e na administração do Presidente Fernando
Carvalho, que encaminharam uma discussão serena e aprofundada e obtiveram uma
solução perfeita para os interesses da instituição pública, o Município de Porto
Alegre, e dessa grande instituição pública, pela sua popularidade, que é o
Sport Club Internacional. O Internacional devolveu a gleba sob litígio, obteve
uma concessão a título de comodato de uma área em que operam suas escolinhas de
futebol, com relevante serviço público. Mediante convênio com o Município,
nessa mesma oportunidade, assegurou-se, Ver. Adeli, a possibilidade de o
Município realizar o seu trabalho assistencial aos meninos, encaminhando-os por
conta do Sport Club Internacional para freqüentarem as suas escolinhas.
Então, Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, faço esta incursão no mérito, porque o mérito é inquestionavelmente
bom, saudável. E a Emenda do Ver. Beto Moesch buscou aprimorar, mas infringiu
regra essencial relativa à iniciativa, uma vez que bordejou, ainda que com
incidência clara, a vedação constitucional de iniciativa desta matéria. Além
disso, também introduziu uma presença insólita do Legislativo no fluxo
administrativo da aprovação, praticando ato que é privilégio do Executivo.
O Legislativo nesta Cidade, ou no
nosso País, no nosso sistema, não é instância do Poder Executivo; há
delimitação de competências que atribuem ao Executivo a administração e ao
Legislativo a legislação e o controle. Por isso, o Veto do Sr. Prefeito Verle é
de aceitar-se por essa razão, votando contra a Emenda, isto é, contra o texto
aduzido ao Projeto, para que assim se acompanhe a votação unânime, sem
discrepância de qualquer natureza, nem mesmo restrições na Comissão de Justiça.
Por isso, Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, este é o voto que a Comissão de Justiça recomenda ao Plenário: voto
“não” ao Projeto e, por conseqüência, voto pela manutenção do Veto do Sr.
Prefeito Verle.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para
discutir o PLCE nº 004/04, com Veto Parcial.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães; prezados
colegas Vereadores, prezadas colegas Vereadoras, prezado público que nos
assiste, os Vereadores que aqui me antecederam fizeram um indicativo de um
processo histórico sobre essa discussão a respeito das áreas ocupadas pelo
Sport Club Internacional. E faço aqui um parêntese: também não é diferente das
áreas ocupadas pelo Grêmio. E isso resultou em todo um encaminhamento e a este
Projeto de Lei Complementar que autoriza o Município a rerratificar as doações
de áreas ao Sport Club Internacional.
Essas áreas trazem toda uma
lógica de análise, e essa lógica de análise, aceita pelo Executivo Municipal
anterior, traz um Veto à Emenda do hoje Secretário do Meio Ambiente, na ocasião
Vereador, que acenou no sentido de que a análise do Regime Urbanístico deveria
passar pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental antes de
vir para esta Câmara.
Gostaria de registrar aqui a
nossa posição - e a minha posição - justamente em relação à concordância do
Veto, porque esta matéria aqui exposta se apresenta como uma redundância. O
Estudo de Viabilidade Urbanística e o respectivo Regime Urbanístico sempre são
analisados pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, que,
por sua vez, é um colegiado desta Cidade, representado por todos os segmentos:
os comunitários, por meio das regiões de planejamento; as diversas entidades,
entre elas a Sociedade de Engenharia, o Sinduscon, o IAB e assim por diante; e
pela parcela do Executivo Municipal. Portanto, é obrigatória a análise do
Executivo Municipal, sob a Coordenação da Secretaria Municipal do Planejamento,
do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental sobre a postura
consultiva, e o Executivo Municipal encaminha a continuidade desses Projetos,
que, depois, vão se relacionar, quando necessário ou obrigatoriamente, pela
Câmara de Vereadores, a um aprofundamento do que nós construímos como sociedade,
e esta Câmara trabalhou no Projeto de Lei Complementar nº 434/99, que é o nosso
Plano Diretor.
Portanto, a posição deste
Vereador é no sentido de manter o Veto do Prefeito Municipal e, com isso, creio
que esta Casa avança no sentido de encerrar um capítulo da história de Porto
Alegre, um capítulo dos nossos clubes esportivos. Falo “nossos” porque nós
estamos tratando aqui, hoje, do Internacional e, certamente, em todas as
discussões que têm relação aos demais clubes, em que matérias como essa devam ser
analisadas, manteremos a mesma posição e a mesma coerência. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para
discutir o PLCE nº 004/04, com Veto Parcial.
O SR. CARLOS TODESCHINI:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a discussão que
nos traz aqui é justamente fazer uma reflexão sobre a coerência. Quantas vezes
Projetos foram aprovados de comum acordo entre interesses privados e interesses
públicos e quantas vezes se produziu resultados, Ver. Ibsen, benéficos,
sinérgicos para as partes? E, agora, nós temos um caso em que, forçosamente,
muito se fazia em oposição ou para demarcar terreno para criar dificuldade para
quem estava no Governo. E justamente aqueles que propuseram as Emendas agora
são obrigados a vetá-las. Ou, em outras palavras, “a cobra bebe do próprio
veneno” - falando em linguagem popular e outras metáforas. Por quê? Porque se
produziu um acordo produtivo entre o Sport Club Internacional e Prefeitura. Eu
acompanhei este Projeto, inclusive.
Este Processo dava mais do que um
metro de altura, nós o carregávamos num carrinho de supermercado, juntando as
partes, tamanha a dificuldade. Então, na época, o Vereador que hoje é
Secretário produziu essa Emenda que foi aprovada pela oposição com objetivo
outro senão criar dificuldades para o Governo. Agora, ele, Governo, se vê na
obrigação de vetar, porque não sustenta, e é prejudicial ao interesse público
aquilo que foi apresentado e aquilo que foi produzido. Então, que isso sirva de
lição, que isso sirva de escola, não só para o Governo que aí está, Ver. Nedel,
mas que sirva de lição para que esta Casa não faça oposição por oposição. Não
crie dificuldades por criar, para tornar a vida do Governo mais difícil. Que se
mantenha a coerência, que se facilite a vida dentro da lei e da ordem e daquilo
que é coerente e bom para os interesses de ambos os setores da sociedade, o
interesse privado, o interesse particular, respeitando a lei, respeitando a
norma, respeitando a ordem constitucional.
E o que se vê? Justamente agora
quem fez a lei tem de vetá-la. É a contradição da vida. É o preço que se paga.
Então, estou aqui para manifestar que nós, como Bancada, estamos a favor do
Veto, sim, porque a hora da verdade chegou. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Encerrada a discussão. Em votação nominal o PLCE
nº 004/04. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) REJEITADO o Projeto por
23 votos NÃO e 03 ABSTENÇÕES. Está mantido o Veto.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N.º 70/05 – (Proc. nº 1370/05 – Ver. Raul Carrion) –
requer representação da Casa, na Reunião do Conselho das Cidades e dos Comitês
Técnicos, em Brasília, no período de 17 a 19 de março de 2005, com passagens.
(incluído em 03-03-05)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de
Souza, o Requerimento nº 070/05, de autoria do Ver. Raul Carrion. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) APROVADO por 23 votos SIM e 02 ABSTENÇÕES.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. s/n.º (Proc. 00846/05 – Ver. Mauro Zacher) - Solicita representação da Casa na cerimônia
de assinatura dos atos de instituição do Conselho Nacional de Juventude, no
Palácio do Planalto, no período de 31/01/05 a 01/02/05, com diárias e
passagens. (incluído em 02-03-05)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Em votação o Requerimento s/nº, de autoria do Mauro
Zacher (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO,
com a abstenção de voto dos Vereadores João Antonio Dib, Professor Garcia,
Carlos Todeschini e Haroldo de Souza.
Cumprida a Ordem do Dia conforme
o combinado, encerramos a presente Sessão, agradecendo aos Srs. Vereadores.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 18h26min.)
* * * * *